Veja quais são os porta-aviões e submarinos enviados pelos EUA para conter ataque do Irã a Israel

O secretário de Defesa, Lloyd Austin, apontou que o USS Georgia, um submarino nuclear armado com mísseis de cruzeiro, será enviado para o Oriente Médio em meio a temores de um ataque iraniano

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou na segunda-feira, 12, uma série de medidas militares para assegurar a proteção de Israel, que aguarda um esperado ataque do Irã, após a morte de Ismail Haniyeh, chefe do gabinete político do grupo terrorista Hamas, em Teerã, no mês passado.

PUBLICIDADE

Ao mesmo tempo em que Washington e outros aliados ocidentais atuam nos bastidores para que um ataque iraniano contra Israel seja moderado, os Estados Unidos estão coordenando a defesa de seu aliado mais importante na região. O envio de embarcações militares para o Oriente Médio ocorreu após uma ligação entre Austin e o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant.

Outros despachos militares deste tipo já ocorreram desde o início da guerra na Faixa de Gaza, no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Após o ataque, Israel iniciou uma ofensiva no enclave palestino que deixou mais de 39 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Tel-Aviv também se envolveu em confrontos com a milícia xiita libanesa Hezbollah, Houthis no Iêmen e com o Irã, país que patrocina os diversos grupos armados que lutam contra Israel.

Confira as embarcações enviadas para o Oriente Médio:

O USS Georgia, um submarino com mísseis guiados, atuando em uma operação em Manama, Bahrein Foto: William Gore/NYT

USS Georgia

Austin apontou que o USS Georgia, um submarino nuclear armado com mísseis de cruzeiro, será enviado para o Oriente Médio. O submarino estava em circulação no Mar Mediterrâneo nos últimos dias, após completar um treinamento na Itália.

Publicidade

Segundo a Marinha americana, o submarino contem um reator nuclear, 154 mísseis Tomahawk e 4 tubos de torpedo. A tripulação é composta de 15 oficiais e 150 soldados.

USS Abraham Lincoln

O chefe do Pentágono também ordenou que o grupo de ataque do porta-aviões USS Abraham Lincoln acelerasse seu trajeto para o Oriente Médio. O secretário da Defesa havia pedido que o porta-aviões se deslocasse para a região no dia 2 de agosto, mas a embarcação fez escala em outros lugares durante o caminho.

O USS Abraham Lincoln é um porta-aviões de propulsão nuclear da classe Nimitz. O segundo nomeado em homenagem ao 16º presidente americano. Um dos maiores navios de guerra do mundo, os porta-aviões Nimitz são uma peça fundamental da força naval americana. Eles dão suporte e operam aeronaves em meio a ataques a alvos aéreos. Ele possui jatos de caça F-35 a bordo e aeronaves de caça F/A-18.

O porta-aviões USS Abraham Lincoln foi enviado para o Oriente Médio  Foto: Will Tyndall/AFP

O Lincoln estava na região da Ásia-Pacífico, próximo da costa das Filipinas, e já havia sido ordenado para ir ao Oriente Médio para substituir o grupo de ataque do porta-aviões USS Theodore Roosevelt, que está programado para retornar para casa. A expectativa era de que o Lincoln chegasse até o fim do mês à região. Ainda não se sabe o quão mais rápido ele é capaz de chegar. Estimativas indicam que ele poderia levar uma semana para se deslocar à região.

USS Roosevelt

O porta-aviões Theodore Roosevelt está equipado com cerca de 60 aviões de ataque, incluindo caças F/A-18 Super Hornet. Cerca de 5 mil pessoas estão aborto da embarcação militar. Com a tarefa de manter rotas marítimas abertas de comércio e comunicações, o USS Theodore Roosevelt é capaz de projetar superioridade aérea para todos os pontos do globo.

Publicidade

O porta-aviões já está no Oriente Médio, ao lado de uma força-tarefa anfíbia de três navios que inclui o USS Wasp, o USS Oak Hill e o USS New York. O USS Laboon chegou à área depois de viajar do Mar Vermelho através do Canal de Suez, segundo um oficial dos Estados Unidos que conversou com o The Washington Post sob condição de anonimato./com W.Post e AFP

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.