Agências internacionais de notícia relataram fortes explosões na noite desta quarta-feira, 3, perto do aeroporto internacional de Beirute, no Líbano. Em vídeos captados no momento das explosões, é possível ouvir uma série de estrondos, seguido de nuvens de fumaça emergindo de uma região da capital faz fronteira com o subúrbio de Dahieh, reduto do Hezbollah na cidade e alvo constante de ataques aéreos israelenses.
A Agência Nacional de Notícias estatal do Líbano relata que houve mais de 10 ataques aéreos consecutivos na área. Não está claro o que foi o alvo ou se há vítimas.
Mais cedo nesta quinta-feira, militares israelenses alertaram moradores para saírem da cidade de Nabatieh e outras comunidades no sul do Líbano que ficam ao norte de uma zona tampão declarada pela ONU, sinalizando que poderiam ampliar a operação terrestre lançada no início desta semana contra o grupo Hezbollah.
Durante esta noite, o exército israelense ordenou novamente que os moradores dos subúrbios ao sul de Beirute deixem imediatamente a área ao redor de um prédio — desta vez no bairro de Hadath — que eles dizem que atacarão em breve.
As explosões acontecem em meio a planos de repatriação de diversos países, inclusive Brasil. Espanha, Rússia, França e Alemanha já enviaram aviões ou pretendem enviar neste fim de semana para buscar seus cidadãos que estão no Líbano.
Um avião da Força Aérea Brasileira aguarda desde quarta-feira, 2, em Lisboa para repatriar um primeiro grupo de 220 cidadãos que pretendem sair do Líbano.
Temos “janela confirmada para poder pousar amanhã (sexta-feira) em Beirute, às 10h, horário local”, em Brasília (13h, horário de Brasília) e retornar a São Paulo na manhã de sábado, disse o tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, comandante da força aérea, antes das explosões. Não está claro se houve mudança nos planos.
“São cerca de 20 mil brasileiros que vivem no Líbano”, explicou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que antecipou novos voos para evacuar cerca de 500 pessoas todas as semanas.
O Ministério da Saúde do Líbano disse nesta quinta-feira que 37 pessoas morreram e 151 ficaram feridas nas últimas 24 horas devido aos bombardeios israelenses./Com AFP.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.