Três anos de guerra na Ucrânia: qual a situação atual do conflito e dos ucranianos? Veja vídeo

Conflito entra em sua fase mais crítica com Trump pressionando Kiev a fazer concessões à Rússia

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Foto do author Carolina Marins

A guerra na Ucrânia completa três anos nesta segunda-feira, 24, e parece estar em seu momento mais crítico desde então. Embora o país tenha surpreendido mais de uma vez com resistências milagrosas, agora o retorno de Donald Trump ao poder nos Estados Unidos traz uma reviravolta inimaginável para o conflito.

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Se o governo Joe Biden foi o garantidor da improvável resistência ucraniana, fornecendo ajuda humanitária e militar, incluindo com armamentos de longo alcance, Donald Trump quer sentar à mesa de negociação com Vladimir Putin na Arábia Saudita sem convidar a Ucrânia para estas conversas

Além disso, o americano vem deslegitimando a autoridade do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, ao chamá-lo de ditador e pressionar o país por novas eleições. Neste fim de semana, Zelenski sugeriu que poderia renunciar ao cargo se isso trouxesse a tão esperada adesão ucraniana da Otan, mas a entrada é improvável, ao menos por enquanto.

Para somar, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou recentemente que é irrealista a Ucrânia recuperar as regiões atualmente ocupadas pela Rússia, que são 20% de seu território, mais precisamente a Península da Crimeia, Donetsk, Luhansk e partes de Zaporizhzhia e Kherson.

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Mas e os ucranianos? O que pensam disso tudo? O Estadão conversou com cinco deles, entre civis e militares, para ouvir os seus relatos sobre esses três anos de conflito. Para alguns deles, dez anos, já que nas regiões ocupadas a guerra se arrasta desde 2014.

Pessoas colocaram flores e homenageiam os soldados caídos da guerra na Ucrânia, em Kiev Foto: Sergei Supinsky/AFP