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Vitória de Kamala é muito mais segura para fortalecer a democracia nos EUA, diz Lula

Petista declara pela primeira vez apoio à vice-presidente Kamala Harris em disputa acirrada contra o ex-presidente Donald Trump, a quatro dias da votação

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Foto do author Felipe Frazão

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou publicamente pela primeira vez, nesta sexta-feira, dia 1º, que apoia a candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, na disputa pela Presidência dos Estados Unidos contra o candidato do Partido Republicano, Donald Trump.

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A quatro dias da eleição americana, Lula afirmou que a vitória da vice-presidente Kamala é a “opção mais segura para o fortalecimento da democracia nos EUA”. O petista associou o ex-presidente Trump aos ataques ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2020. O ex-presidente virou alvo de investigações criminais relacionadas ao episódio.

“A Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para gente fortalecer a democracia nos EUA”, afirmou Lula, em entrevista ao canal de TV francês TF1. “Nós vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que era impensável de acontecer nos EUA porque os EUA se apresentavam ao mundo como modelo de democracia.”

Lula em entrevista à TV francesa TF1 Foto: Reprodução/X

O petista é um aliado do atual presidente Joe Biden, também democrata, e já havia manifestado apoio a ele, antes de sua desistência da disputa, depois de uma série de questionamentos sobre capacidade física e mental do presidente americano de concorrer e se reeleger. Na ocasião, Lula também associara Trump a episódios de violência e de intolerância política.

Manifestações assim podem causar ruídos entre governantes e países. Elas costumam ser desaconselhadas por diplomatas pela chance de serem interpretadas como tentativa de intervenção em assuntos domésticos de outro país ou mesmo por criarem potencial indisposição com um dos presidenciáveis. Antes de falar em favor da democrata, Lula chegou a dizer que não poderia dar palpite nas eleições porque seria uma “ingerência indevida”.

Em privado, parlamentares que se reuniram a portas fechadas com Lula no Palácio do Planalto, em agosto e em setembro, já haviam relatado a torcida pela vice-presidente. Em uma das ocasiões, eles atribuíram ao presidente a frase “Deus queira que Kamala ganhe essas eleições”.