Voo de repatriação de brasileiros do Líbano é adiado por falta de segurança, diz Itamaraty

O Brasil tem forte laço cultural com o país árabe por ter sido um dos principais destinos da diáspora libanesa

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Foto do author Caio Spechoto

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que o voo de repatriação de brasileiros que estão no Líbano foi adiado por falta de segurança. A primeira leva de repatriados deixaria o país árabe nesta sexta-feira, 4. O território libanês tem sido atacado por forças israelenses depois de os conflitos escalarem entre Tel-Aviv e a milícia xiita radical libanesa Hezbollah.

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“Em consequência da necessidade de medidas adicionais de segurança para os comboios terrestres que se dirigirão ao aeroporto da capital libanesa, a operação do primeiro voo brasileiro de repatriação não ocorrerá no dia de hoje. Novas informações sobre o voo serão prestadas ao longo do dia”, afirma a nota do Itamaraty.

Há cerca de 20 mil brasileiros no Líbano. O Brasil tem forte laço cultural com o país árabe por ter sido um dos principais destinos da diáspora libanesa.

O chanceler do Brasil, Mauro Vieira, discursa durante uma reunião de planejamento para a repatriação de brasileiros que moram no Líbano, em Brasília  Foto: Evaristo Sa/AFP

Tensões

O conflito escalou no Líbano nas últimas semanas, principalmente após a explosão de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, em uma ação atribuída a Israel, e o assassinato de Hassan Nasrallah, chefe do Hezbollah, no final de setembro. Israel também iniciou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano para destruir a infraestrutura do Hezbollah.

A guerra começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Após o maior ataque terrorista da história de Israel e o maior contra judeus desde o Holocausto as forças israelenses iniciaram uma ofensiva na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 40 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas.

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Desde então o Hezbollah passou a lançar foguetes contra o norte de Israel em solidariedade ao Hamas. 60 mil pessoas foram retiradas de suas casas por conta dos foguetes do grupo radical.

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