O chefe do grupo paramilitar russo Wagner disse neste domingo, 12, que suas tropas assumiram o controle da comuna ucraniana de Krasna Hora, alguns quilômetros ao norte de Bakhmut, uma cidade importante que Moscou tenta conquistar há vários meses.
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“Hoje, as unidades de assalto de Wagner tomaram a cidade de Krasna Hora”, afirmou Ievgeni Prigozhin, segundo o seu serviço de imprensa.
A Agence France-Presse, agência de notícias francesa, não conseguiu verificar essas declarações com uma fonte independente. O Ministério da Defesa da Rússia não se pronunciou sobre o assunto até o momento.
Há mais de seis meses o grupo Wagner e o exército russo tentam capturar Bakhmut, no leste da Ucrânia, cidade de limitada importância estratégica, mas que se tornou um símbolo após tanto tempo de combates. O grupo, uma força secreta de 11 mercenários que lutou pelos aliados de Moscou na África e no Oriente Médio, liderou por meses o ataque a cidade.
Nas últimas semanas, as forças russas tentaram cercar a Bakhmut e conseguiram bloquear várias estradas cruciais para o abastecimento das tropas ucranianas.
O Estado-Maior do Exército da Ucrânia afirmou neste domingo que os russos bombardearam Krasna Gora e outros 20 vilarejos próximos a Bakhmut no sábado, muitos com ataques aéreos. As autoridades ucranianas alegam que as forças do país repeliram os ataques russos à Bakhmut, embora haja um reconhecimento crescente de que o domínio sobre a cidade diminui, à medida que Moscou intensifica os ataques para uma nova ofensiva no leste.
Em 11 de janeiro, o grupo Wagner anunciou que havia tomado Soledar, uma cidade maior localizada perto de Krasna Hora. O Ministério da Defesa russo demorou dois dias para anunciar a conquista de Soledar, expondo as tensões entre a milícia e o exército regular.
“Depois da captura de Soledar, houve um alvoroço sobre se outros (soldados) além dos combatentes de Wagner estavam em Soledar. Claro, os caras não ficaram felizes”, disse Prigozhin no domingo. “Em um raio de 50 quilômetros, mais ou menos, só há combatentes Wagner e eles vão tomar Bakhmut”, disse. /AFP, NYT
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