Zelenski pede reunião bilateral com Lula às margens da cúpula do G-7 em Hiroshima

Presidente ucraniano estará em Hiroshima no domingo para participar das discussões do G-7 sobre a guerra com a Rússia

PUBLICIDADE

Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

ENVIADO ESPECIAL A HIROSHIMA, JAPÃO - O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, quer uma reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Hiroshima, no Japão. Autoridades ucranianas entraram em contato com a diplomacia brasileira solicitando o encontro na cidade-sede do G-7. Lula ainda não deu resposta formal ao convite.

PUBLICIDADE

Zelenski estará em Hiroshima no domingo para participar das discussões do G-7 sobre a guerra na Ucrânia. O bloco, formado pelos sete países mais ricos do mundo, tem adotado uma postura fortemente crítica à Rússia e anunciou mais cedo novas sanções a Moscou. Lula prefere uma posição de neutralidade para tentar negociar a paz, o que incomoda a Ucrânia e os países do G-7, incluindo os Estados Unidos.

Mais cedo, o G-7 divulgou nota no qual prometeu “definhar a máquina de guerra da Rússia”. A intenção do grupo é restringir o acesso de Moscou à toda a tecnologia do G-7, a equipamentos industriais e a serviços que suportam a máquina de guerra russa.

O G-7 acrescentou que conseguiu reduzir drasticamente a sua dependência no setor de energia e commodities de Moscou. “Estamos determinados a continuar neste caminho”, afirmaram os líderes em comunicado. “Reduziremos ainda mais a dependência de bens nucleares civis e relacionados da Rússia, inclusive trabalhando para ajudar os países que buscam diversificar seus suprimentos”.

Publicidade

Reunião bilateral

Num encontro paralelo com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, Lula disse que proteção do meio ambiente é uma prioridade de sua gestão.

“O presidente também deixou claro que uma de suas prioridades é reforçar a proteção do meio ambiente e da biodiversidade. E mencionou os investimentos australianos na produção de hidrogênio verde no estado do Ceará que, segundo ele, complementam a matriz energética brasileira, que ‘já é bastante limpa’”, disse o Itamaraty em nota sobre o encontro.

Depois da reunião, Albanese disse que o encontro, que durou cerca de meia hora, foi ‘maravilhoso’.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.