.O Sentra, aquele que a propaganda da Nissan dizia que "não tem cara de tiozão", chega à linha 2010 com retoques na dianteira e mais equipamentos. Mas o principal destaque do sedã, que teve o preço reduzido e agora parte de R$ 53.990, não é o que ele ganhou, mas o que manteve. Estamos falando do câmbio automático CVT, opcional na versão S (R$ 63.990), intermediária, e de série na topo de linha, SL (R$ 71.990), como a avaliada por Autos. Para todas, o motor é o 2.0 16V, que ganhou tecnologia bicombustível no ano passado e gera 143 cv.
O mexicano é o único carro flexível do mercado com transmissão continuamente variável. E é justamente essa caixa que pode fazer valer a pena levar para casa um modelo que nunca deslanchou em vendas e patina na quinta posição do ranking de médios.
No visual, não espere atualizações importantes nesta linha 2010. As (quase imperceptíveis) modificações foram feitas apenas na dianteira.
A grade, que tinha formato de colmeia, passa a vir com três filetes horizontais. Os faróis trazem novos refletores e pisca-piscas integrados ao conjunto. Basicamente é isso.
O interior ganhou novos padrões de revestimento para os bancos e iluminação avermelhada no painel de instrumentos. O som inclui novo rádio com tocador de CDs e traz entrada auxiliar para MP3.
A versão S tem, adicionalmente, rodas de 16" redesenhadas e controle do som no volante. A configuração de topo, SL, inclui toca-CDs com tela colorida de 4,3", chave inteligente (não é preciso introduzi-la no miolo de ignição para dar partida no motor) e acendimento automático dos faróis.
Em relação à segurança, todas as versões saem de fábrica com air bag dianteiro duplo. Os freios a disco nas quatro rodas com ABS e distribuição da força de frenagem (EBD) também são de série.
EM MOVIMENTO
O Sentra está longe de oferecer comportamento esportivo. Mesmo assim é muito ágil em saídas de semáforo, arrancas e retomadas de velocidade. As prontas respostas ao pressionar o acelerador do Nissan chamam a atenção.
Mas a vocação deste mexicano é mesmo o conforto. Como não há trancos nas passagens de marcha do modelo equipado com câmbio CVT, conduzi-lo é uma tarefa agradável. Seja no trânsito urbano ou na estrada.
A suspensão, bem calibrada, não é dura nem molenga demais. A dianteira é do tipo McPherson, com barra estabilizadora. Atrás o conjunto é igual ao do monovolume Livina: formada por eixo de torção com barra estabilizadora. Isso permite isolar a contento os impactos dos pneus com o asfalto, sem transmiti-los ao interior.
Outra virtude mantida no Sentra 2010 que colabora com o conforto é a direção com assistência elétrica progressiva. Precisa, oferece bom diâmetro de giro, o que facilita as manobras de estacionamento. Por falar nisso, faltou equipar o mexicano com sensor de estacionamento na traseira. O item não é oferecido nem como opcional.
E, como o porta-malas é alto, há risco de o motorista não ver obstáculos como muretas, por exemplo. O compartimento de carga, por sinal, tem 442 litros e só não é menor do que o do Honda Civic (340 l), um de seus principais rivais.
NISSAN SENTRA 2.0 SL | Ficha técnica
Preço sugerido: R$ 71.990
Motor: 2.0, 4 cill, 16V, flexível
Potência (*): 143 cv a 5.200 rpm
Torque (*): 20,3 mkgf a 5.200 rpm
Câmbio: Automático, CVT
Direção: Assistência elétrica
Comprimento: 4,57 metros
Entre-eixos: 2,68 metros
Porta-malas: 442 litros
País de origem: México
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
