Berço da corrida espacial agora é compartilhado por russos e americanos

O Cosmódromo de Baikonur, no Casaquistão, recebe equipes de diferentes países que seguem rumo à Estação Espacial Internacional

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Por Steve Bell

BAIKONUR, CASAQUISTÃO - Sessenta e dois anos atrás, Baikonur se tornou o primeiro lugar a enviar humanos ao espaço. O espaçoporto continua sendo nossa principal rota para o céu, ao menos por enquanto. Mas o tempo trouxe algumas rugas para o imenso Cosmódromo de Baikonur, a cerca de 2 mil quilômetros a sudeste de Moscou.

Foi em Baikonur que os soviéticos lançaram Sputnik em 1957, chocando os Estados Unidos e dando início à corrida espacial com força total. Os EUA trabalharam furiosamente para alcançar e, finalmente, ultrapassar o programa soviético. Em 1961, Yuri Gagarin partiu de Baikonur para orbitar a Terra uma vez.

A astronauta americana Anne McClain, primeira à esquerda, e o comandante russo Oleg Kononenko, antes da decolagem com destino à Estação Espacial Internacional, em 3 de dezembro de 2018. Foto: Maxim Babenko para The New York Times

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Hoje, russos, americanos e viajantes de outros países integram equipes lançadas do espaçoporto de Baikonur, descrito seis anos atrás por Vladimir V. Putin como "demonstrando sinais da idade". Baikonur também serve como atração turística, oferecendo um museu, visitas e até a oportunidade de embarcar num voo de gravidade zero.

No dia 3 de dezembro, a tripulação da Soyuz MS-11 - com a americana Anne McClain, o russo Oleg Kononenko e o canadense David Saint-Jacques - decolou com destino à Estação Espacial Internacional. No dia 13 de março, outros dois americanos e um russo viajaram para lá. A americana Christina Koch, uma das tripulantes dessa viagem, planejava se juntar a Anne na primeira caminhada espacial realizada apenas por mulheres no dia 29 de março.

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Desde o último voo de um ônibus espacial americano, em 2011, os astronautas americanos tiveram de pegar carona em naves russas para chegar à estação espacial. Mas a agência espacial americana (NASA) planeja usar empresas privadas - como a Boeing e a SpaceX, de Elon Musk - para levar americanos ao espaço. Musk, que acaba de realizar um lançamento de sucesso em março, espera ainda este ano acabar com o status de Baikonur como provedor exclusivo de viagens humanas à estação espacial.

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