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‘Mesmo que coisas sejam diferentes, tudo vai ficar bem’, diz atriz de ‘O Verão que Mudou Minha Vida’

Assim como sua personagem Belly, Lola Tung amadureceu entre uma temporada e outra da série da Amazon Prime Video, adaptada do best-seller de mesmo nome

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Por Christopher Kuo

THE NEW YORK TIMES - LIFE/STYLE - Lola Tung frequentava o primeiro ano de artes cênicas na Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, quando soube da notícia: acabara de ser selecionada para interpretar a protagonista de uma nova série da Amazon chamada O Verão que Mudou Minha Vida, baseada no romance best-seller para jovens de Jenny Han. “Fiquei em choque porque não esperava. Liguei para minha mãe e choramos juntas ao telefone, um momento muito bonito. Foi a melhor surpresa de todas”, contou Tung, de 20 anos, natural de Nova York, em videoentrevista no mês passado.

Tung passou por muitas mudanças desde que entrou para a série de sucesso da Amazon Prime Video 'O Verão que Mudou Minha Vida', aos 18 anos, e essa é apenas uma das maneiras pelas quais sua vida reflete a de sua personagem. Foto: Amir Hamja/The New York Times

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Com apenas 18 anos e tendo atuado só em montagens escolares, ela trancou a matrícula em 2021 e foi para Wilmington, na Carolina do Norte, para participar da série, que conta uma história de despertar romântico ambientada em uma casa de praia.

No início do verão, as duas famílias protagonistas vão para o litoral. Tung interpreta Isabel Conklin, conhecida como Belly, adolescente que fica presa em um triângulo amoroso com os dois melhores amigos de infância - que também são irmãos: Conrad e Jeremiah, interpretados respectivamente por Christopher Briney e Gavin Casalegno. A tensão romântica cativou adolescentes e jovens adultos na estreia em 2022, transformando a série em um sucesso nas redes sociais. A hashtag #TheSummerITurnedPretty acumulou milhões de visualizações no TikTok, com usuários da rede publicando vídeos em apoio ao “Time Conrad” ou ao “Time Jere”. “Eu sabia que seria especial, mas você não tem como se preparar, saber qual vai ser a repercussão ou como sua vida vai mudar depois”, disse a atriz.

Tung continuou afastada da faculdade para filmar a segunda temporada, que está disponível no Prime Video, com capítulos semanais a cada quinta-feira. Se a primeira temporada dava a sensação de aproveitar um dia perfeito de verão - com festas na piscina, beijos apaixonados e letras de Kim Petras -, a segunda parece mais sombria, nebulosa, envolta em perdas.

Tanto Tung quanto sua personagem sofreram uma série de mudanças entre as duas temporadas. A atriz agora dá entrevistas no tapete vermelho, tem uma parceria com a American Eagle e milhões de seguidores no Instagram. Belly perdeu uma amiga próxima da família e tem de lutar para salvar a casa de praia. Ambas estão aprendendo o que significa crescer.

Antes da estreia da segunda temporada, Tung falou sobre Belly, sua música favorita da Taylor Swift e se pertence ao Time Conrad ou ao Time Jeremiah. Estes são excertos editados da conversa.

Como você se prepara mentalmente para desempenhar o papel da Belly?

A música tem um papel superimportante na preparação para diferentes cenas. Como havia muitos saltos emocionais na segunda temporada, acho que a música foi uma maneira rápida de entrar no espaço mental da personagem, qualquer que fosse a cena. Eu escrevia muito, especialmente do ponto de vista da Belly. Na primeira temporada, eram cartas para cada uma das personagens na voz da Belly, o que foi muito legal. Acho que quando a gente tem um diário, no estilo de fluxo de consciência, aprende muito sobre a personagem.

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Que músicas você ouviu nessa temporada?

Ouvi muito Mitski. Two Slow Dancers é ótima, um tipo muito reflexivo de música. Bastante Taylor Swift. A playlist tinha Phoebe Bridgers, Dodi, Lizzie McAlpine... Acho que um pouco de SZA também. Foram muitas músicas um pouco mais emotivas, com um sentimento nostálgico, porque Belly estava lidando com várias mudanças e com o fato de que elas são inevitáveis. É uma coisa difícil de perceber ao crescer. Sabe, como é que você vai em frente e ainda mantém contato com a magia da infância, a familiaridade e as coisas que conhece?

O que você acha que essa temporada diz sobre os temas mudança, perda e crescimento como jovem?

As personagens crescem e mudam muito desde a última vez que as vimos. Para todas elas, é muito difícil lidar com isso, e, no início, estão meio que sozinhas. A primeira temporada abordou muito essas personagens crescendo juntas e se apoiando umas nas outras. A segunda trata mais do crescimento individual e de como tomar a iniciativa, especialmente para a Belly.

Ela está realmente isolada dos meninos e da família, e se sente completamente perdida sem a Susannah (Rachel Blanchard) por perto. Foi muito legal descobrir qual seria sua próxima etapa, e como prossegue depois de sentir o peso do luto. Trata-se de aprender que a mudança é o.k. e normal. Mesmo que as coisas sejam diferentes, tudo vai ficar bem.

Cena de 'O Verão Que Mudou Minha Vida', em que Lola Tung interpreta a jovem Belly. Foto: Dana Hawley/Prime Video/Divulgação

Há aspectos da personagem de Belly com os quais você se identifica? E existem aspectos que você sente que são muito diferentes?

Definitivamente, acho que somos muito parecidas, e com certeza transmito um pouco de mim para ela. Isso é natural quando você interpreta uma personagem, especialmente se a idade é praticamente a mesma. Ela é muito emotiva e age com o coração, se preocupa com as pessoas à volta dela, especialmente a família, mesmo que às vezes seja difícil expressar isso. Eu a considero mais corajosa do que eu, arrisca mais, e achei que isso seria um desafio. Mas eu gostei muito de explorar esse lado dela, aprendi bastante assim. Roubei um pouco da ousadia da Belly.

Tenho de perguntar: você é do Time Conrad ou do Time Jeremiah?

Sempre digo que sou a maior torcedora do Time Belly, para todo o sempre, e mantenho a resposta, porque de fato acredito que ela é a única que pode fazer essa escolha. E, se estivermos fazendo nosso trabalho direito, acho que dá para perceber por que ela adora os dois rapazes. No fim das contas, é só uma questão de ela seguir o coração.

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