Acesso sem fio está no 3G e não no WiMAX, diz Qualcomm

Empresa aposta nas redes celulares como plataforma de inclusão digital

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

A Qualcomm defendeu nesta quarta-feira, dia 6, que as redes de telefonia celular de terceira geração (3G) são mais interessantes para projetos de inclusão digital do que as tecnologias de banda larga sem fio com o padrão WiMAX. A idéia foi defendida pelo presidente da empresa no Brasil, Marco Aurélio de Almeida Rodrigues. O executivo defendeu ainda que o governo deveria retomar as licitações de bandas de telefonia 3G. "Isso pode evitar a estagnação no ciclo de investimentos das operadoras no Brasil, gerando caixa para o governo com a venda de licenças. Além disso, um novo ciclo de investimentos pode gerar novos empregos no País", defendeu o executivo. Segundo Rodrigues, a introdução de redes de telefonia celular 3G no Brasil têm o potencial de movimentar entre US$ 15 e US$ 20 bilhões, considerando todo o ciclo de introdução destas redes. O executivo afirmou ainda que as redes 3G não estão sendo discutidas no País por razões políticas. "Não há apelo político envolvido. As redes 3G são consideradas coisa de países desenvolvidos", afirmou. Rodrigues afirmou ainda que as redes 3G têm outras vantagens sobre as tecnologias WiMAX (redes sem fio de alcance metropolitano) como o melhor aproveitamento de bandas de transmissão, o benefício da mobilidade e o menor custo de terminais. O presidente da Qualcomm afirmou ainda que o governo mude sua posição e retome a licitação de licenças para redes celulares 3G. "Torço para que o processo seja retomado já no primeiro semestre de 2007, o que permitiria o início da implantação das redes já no segundo semestre do ano que vem", afirmou. Resultados A Qualcomm também reafirmou os resultados financeiros alcançados pela empresa em nível global, segundo o encerramento de seu ano fiscal 2006, encerrado em setembro passado, e que foi de US$ 7,53 bilhões, sendo 57% deste valor ligado a chipsets (a empresa não tem fabricação própria de componentes) e 35% envolvido como licenciamento de tecnologias. A empresa, no entanto, tem enfrentado problemas nos últimos tempos, vendo sua principal representante no País, a Vivo, optar pela montagem de uma rede de telefonia celular GSM (a Qualcomm é a dona da tecnologia CDMA). Além disso, teve de encarar a decisão da finlandesa Nokia que anunciou que irá encerrar a produção de telefones celulares utilizando a tecnologia CDMA.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.