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Conselheira do Pacto Global da ONU e lidera a operação de Corporate Venture Builder da Fisher Venture Builder. Escreve mensalmente às terças

Opinião | Como inovar nos negócios em 2023?

Ter entendimento de estratégia, necessidades e ferramentas é um importante passo

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A transformação digital virou tema nos últimos anos, mas 2022 foi um ano com muitas incertezas – e 2023 já começou a todo vapor. No meio de tudo isso, como podemos inovar?

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Existem muitas opções que podem ir da transformação digital até criar e pensar em novos produtos e serviços.

Uma certeza é que mesmo sendo líder de mercado, a inércia em não inovar pode ser fatal. A burocracia, o excesso de governança e os riscos que precisam ser assumidos na definição e execução de uma estratégia de inovação precisam ser repensados.

Em conversas com profissionais de inovação, venture capital e novos negócios é possível identificar alguns pontos que não garantem o sucesso mas, o impulsionam.

Um deles é o alinhamento estratégico. É comum diversas áreas de inovação não atuarem 100% em sinergia com a estratégia da empresa-mãe. Deveria ser algo simples mas, muitas das estruturas de inovação dentro das organizações não conseguem estar alinhadas. Isso faz com que muitas das iniciativas realizadas ao longo dos anos não tenham continuidade. O melhor indício de estar conectado com a estratégia é ter a liderança da organização apoiando a área. Esses líderes são os C-level, diretores e também as pessoas estratégicas do conselho. Nas empresas de capital fechado, essas pessoas podem ser os donos.

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Depois de entendido a estratégia, o segundo ponto de destaque é definir quais alavancas e atividades chaves da área irão contribuir com a estratégia. As áreas de inovação quando bem estruturadas podem ter um impacto gigante na empresa. Do impacto positivo na cultura organização até em incrementos de receita. A definição das alavancas irão dizer como o trabalho se desdobrará.

A composição dos times é um ponto relevante. Embora a estrutura da área de inovação esteja dentro de uma corporação, é preciso ter cuidado! O time precisa ter perfis mais diversos – times compostos apenas por executivos e com pouca interação com o mercado estão fadados ao fracasso. Mesclar o perfil de pessoas mais executivas com o perfil mais empreendedor é importante! Ter intraempreendedores olhando para a inovação traz velocidade. Enquanto ter pessoas entendidas como menos inovadoras, pode trazer uma melhor leitura do cenário da corporação.

Não é receita pronta. Contudo, ter o entendimento das estratégias, da necessidade real de inovação e de como realizar as novas iniciativas, alavancas e, principalmente, com quais pessoas, são um excelente caminho para começar.

Opinião por Amanda Graciano

Conselheira do Pacto Global da ONU e Managing Partner no Experience Club

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