Apple completa dois anos sem Steve Jobs

Empresa tenta manter perfil pioneiro e inovador após perda de fundador; relembre produtos lançados desde 2011

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Por Redação Link
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Empresa tenta manter perfil pioneiro e inovador após perda de fundador; relembre produtos lançados desde 2011

Mariana Congo, do Radar Tecnológico 

SÃO PAULO – Steve Jobs. Apple. Apple. Steve Jobs. Empresa e fundador ainda são praticamente sinônimos, mesmo após os dois anos de sua morte, em 5 de outubro de 2011.

 

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Jobs foi responsável por criar produtos que mudaram o mundo. Nessa lista estão a revolução do smartphone (iPhone) e o segmento de tablets (iPad).

Depois de sua renúncia à presidência da Apple, em agosto de 2011, e logo após sua morte, investidores, consumidores e fãs da empresa duvidaram da capacidade da Apple de manter o perfil pioneiro e inovador.

Relembrando os lançamentos dos últimos dois anos é possível perceber que a empresa parece mais preocupada em atualizar seus produtos que já funcionam do que inovar e criar a partir do zero.

A Maçã também tenta recuperar o mercado perdido para a Samsung. Os novos iPhones (5S e 5C) tiveram vendas recordes de nove milhões de unidades em três dias. Mesmo assim, o modelo, que já foi o smartphone mais vendido do mundo, hoje caiu para o segundo lugar, ficando atrás dos aparelhos da Samsung, que representaram quase 32% das vendas mundiais no segundo trimestre, ante uma fatia de 14% da Apple, segundo a empresa de pesquisa Gartner.

Recentemente, o designer da Apple nos anos 1980, o alemão Hartmut Esslinger, que ajudou Steve Jobs a criar os primeiros Macs, criticou o atual ritmo da empresa. “A Apple de hoje parece a Sony dos anos 1980, na qual um fundador visionário foi substituído por líderes que não pensam além de refinar produtos e ter lucro crescente”, disse Esslinger ao site americano Quartz.

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No mercadoQuem olhar a trajetória da ação da Apple com apenas dois pontos, um de partida e outro de chegada, pode traçar um cenário positivo para a companhia: em dois anos, os papéis valorizaram quase 30%. Mas, no meio do caminho, a Maçã já esteve melhor – muito melhor. Em setembro do ano passado, chegou a ultrapassar os US$ 700 por ação, um recorde, contra os atuais US$ 483.

O que mudou desde então? Ano passado ainda havia euforia com as vendas estonteantes do iPhone 5. Daí, chegou 2013 e a percepção de que a empresa está perdendo o brilho parece ter se espalhado. Isso se refletiu numa queda de quase 10% no valor das ações em 2013. A Apple, então, lançou…mais iPhones, mas sem inovações em sua essência. O mercado não perdoou.

 

Relembre os lançamentos dos últimos dois anos

iPhone 4S Steve Jobs morreu apenas um dia depois que Tim Cook, já no cargo de CEO, lançou o iPhone 4S, o sistema operacional iOS 5 e o serviço de compartilhamento de arquivos em nuvem iCloud.

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O iPhone 4S foi um produto recebido sem muito brilho pelo mercado, que, na época, esperava o iPhone 5, que só veio no ano seguinte. Apesar de melhorias de desempenho, o aparelho tinha design bem parecido ao do iPhone 4. O iPhone 4S vendeu quatro milhões de unidades no primeiro fim de semana nas lojas.

iPad A terceira geração do tablet da Apple foi lançada em março de 2012, juntamente com atualizações da Apple TV e do sistema de comandos de voz Siri. Essa versão do iPad foi a primeira a ter tela de retina, o que aumentou em quatro vezes a quantidade de pixels da tela em relação ao iPad 2 (a tecnologia que já era usada no iPhone), além de tela HD. A melhoria na resolução da imagem do aparelho foi recebida positivamente pelo mercado. Esse iPad vendeu três milhões de unidades no primeiro fim de semana nas lojas.

MacBook Pro A tela de retina se tornou uma marca da Apple, que chegou ao MacBook Pro em junho de 2012. A empresa disse que o aparelho era o ‘notebook com melhor resolução de tela em todo o mundo’.

iPhone 5Quase um ano depois de decepcionar o mercado com o iPhone 4S, a Apple de Tim Cook apresentou o iPhone 5. Apesar de mais leve, fino e comprido, o aparelho também não empolgou, por não ter nenhuma novidade incrível. A tecnologia de identificação biométrica (que lê a impressão digital do dono do aparelho), já era esperada, só foi chegar no iPhone 5S, lançado neste ano. Foram vendidas cinco milhões de unidades do iPhone 5 nos três primeiros dias. A Apple lançou atualizações de seu tocador de música (iPod Nano e iPod Touch).

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iPad miniO iPad mini foi lançado em outubro do ano passado, com tela dois terços do tamanho do iPad original. O produto foi bem recebido pelo mercado, apesar de não ter tela de retina (tecnologia mantida na quarta geração do iPad tamanho original). O lançamento do mini fio visto como uma boa estratégia da Apple para concorrer com outros tablets e leitores de textos.

iPhone 5S e iPhone 5CO novo smartphone carro-chefe, o iPhone 5S, e o aparelho de baixo custo, o iPhone 5C, foram lançados em setembro. O modelo 5C foi motivo de várias críticas e piadas, por ter versões coloridas (verde-limão, rosa morango, azul celeste, amarelo-limão e branco) e ter carcaça de plástico. O aparelho chegou para tentar recuperar o mercado perdido principalmente para a Samsung, que tem celulares de vários tipos, custos e gostos.

Já o 5S chegou em três cores: ardósia, ouro e prata. Apesar das críticas e da reação negativa dos investidores (o que fez as ações caírem nos dias seguintes ao lançamento), foram vendidas nove milhões de unidades dos dois modelos juntos no primeiro fim de semana de vendas, um novo recorde. O iPhone 5S dourado se tornou objeto de desejo, e a Samsung já anunciou o lançamento do Galaxy S4 cor de ouro. A guerra continua.

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