Baidu vai usar Bing para prover buscas em inglês

Com o acordo entre Baidu e Microsoft, Google deve perder ainda mais espaço no mercado chinês

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Por Agências
Atualização:

Com o acordo entre Baidu e Microsoft, Google deve perder ainda mais espaço no mercado chinês

 

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A Baidu domina o mercado chinês de buscas desde a retirada do Google, no ano passado, depois de uma disputa ruidosa com Pequim em função da censura.

A parceria permitirá que termos de busca digitados em inglês no site da Baidu ativem automaticamente o Bing, cujos retornos serão apresentados nas páginas da Baidu, anunciou a empresa chinesa em comunicado nesta segunda-feira, 4.

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Analistas afirmaram que a parceria permitiria que o Bing conquiste mais acesso aos 450 milhões de internautas chineses e prejudicará ainda mais os negócios do Google no país. ”A cooperação entre a Baidu e a Microsoft reforçará ainda mais o domínio da Baidu no mercado chinês de buscas e tornará mais difíceis os negócios do Google no país”, disse Dong Xu, analista da Analysis International.

A Baidu detinha 76% do mercado chinês de buscas no primeiro trimestre de 2011, de acordo com dados da Analysis International. A participação do Bing é ínfima e a do Google é de quase 20%.

A nova parceria, que deve ser acionada este ano, reforça a cooperação já existente entre Baidu e Bing nas plataformas móveis e em retornos de buscas, disse Kaiser Kuo, porta-voz da Baidu. Representantes da Microsoft não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Com penetração de internet de cerca de 30% e uma falta de usuários sofisticados fora das grandes cidades chinesas, o potencial de crescimento da internet na China é imenso, segundo os analistas. Alguns deles mostram ceticismo, no entanto, quanto ao volume de demanda por buscas em inglês na Baidu.

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“É um bom acordo, mas creio que o impacto será mínimo para a Baidu. Não imagino que muitas buscas em inglês aconteçam em seu site. Essas buscas tenderão a ocorrer no Google”, disse Wallace Cheung, analista do Credit Suisse em Hong Kong.

/ Jason Subler e Melanie Lee (REUTERS)

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