As dark kitchens prometem se firmar no mercado trazendo um novo conceito de comércio no ramo alimentício. Embora já exista desde 2015, o modelo de negócio ganhou impulso durante a pandemia em razão da necessidade de reinvenção e adaptação ao novo cenário econômico, comercial e social.
As chamadas "cozinhas fantasmas" são estabelecimentos focados somente na preparação e entrega de alimentos. É isto mesmo que você está pensando: não contam com uma estrutura física para acomodar seus clientes e passam desapercebidas por quem passa perto do local, já que não são pontos comerciais. O serviço é totalmente voltado para delivery.
Vale mencionar que o ramo das entregas via aplicativos teve crescimento expressivo em 2020 e 2021, com a pandemia, fenômeno que corrobora para a evolução das dark kitchens no Brasil e no mundo. Conforme levantamento da empresa de dados Statista, é estimado que esse mercado movimente US$ 71 bilhões até 2027.
Essa modalidade reflete positivamente nos custos da empresa, já que reduz gastos com aluguel e contratação de funcionários, entre outros custos. Com poucos cliques, as marcas podem disponibilizar seus produtos nas plataformas de entrega e, para o público consumidor, aumenta o leque de opções de refeições em casa, com potenciais vantagens de custo sobre opções de restaurantes tradicionais. Algumas empresas, inclusive, vêm investindo na criação de marcas para o consumidor, que só existem para o delicery.
Conforme esse mercado avança, vão surgindo propostas para regularizar as atividades do setor. Uma delas é o projeto de lei apresentado à Câmara pela Prefeitura de São Paulo, com regras de funcionamento para as cozinhas, visando principalmente a boa convivência com a vizinhança quando os estabelecimentos estão inseridos em bairros residenciais. Agora é aguardar as cenas dos próximos capítulos e esperar que a projeção bilionária se concretize.
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