Brasil e México são prioridade para a Telefónica

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Por Agencia Estado
Atualização:

grupo espanhol Telefónica, que hoje faz uma conferência para investidores e analistas em Sevilha, anunciou um memorando de entendimento para adquirir participação de 65% na Pegaso, operadora móvel do México. Na nota, a companhia afirmou que "a expansão seletiva na América Latina, principalmente no México e Brasil" continua sendo prioridade em sua estratégia. César Alierta, chairman e executivo-chefe da Telefónica, disse que pretende "aprofundar a posição da empresa na América Latina e aumentar sua contribuição ao Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo". Alierta afirma que a Telefónica buscará se expandir em novos mercados com potencial de crescimento por meio de "crescimento orgânico, joint ventures e aquisições". Alierta acrescentou que "o processo de reestruturação do setor de telecomunicações na Europa criará novas oportunidades para a Telefónica nos próximos anos e que os investimentos seletivos permitirão à Telefónica capitalizar sobre o seu processo de reestruturação". Os investimentos se centrarão na expansão dos mercados na América Latina e Europa, com especial atenção ao Brasil, México, Europa Ocidental e Bacia Mediterrânea, reiterou o executivo. ?Os investimentos serão realizados nos princípios de que os exigidos retornos ajustados ao risco fiquem acima do custo do investimento e a Telefónica buscará o controle dos ativos adquiridos?, acrescentou ele. Banda larga O crescimento da banda larga ou o acesso de rápida velocidade à Internet será crucial para a estratégia da companhia. Segundo a Agência Dow Jones, a Telefónica tem como meta um base de 13 milhões de clientes de banda larga até 2005, com quatro milhões desses clientes em linhas fixas ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Lines), e o restante usando a tecnologia celular de banda larga. A Telefónica de España disse que a operação de ADSL deverá atingir um equilíbrio do Ebitda em meados de 2002 e um equilíbrio do fluxo de caixa em meados de 2004. Receita no Brasil deve crescer até 17% em 2002 A Telefónica SA divulgou também, na conferência com investidores e analistas, suas previsões para o período entre 2002-2005 referente às diversas unidades da companhia. Antonio Viana-Baptista, chairman da Telefónica Latinoamerica, prevê que o fluxo de caixa operacional da unidade deverá quase duplicar de 1,2 bilhão de euros (US$ 1,05 bilhão) em 2001 para entre 2,1 bilhões de euros (US$ 1,84 bilhão) e 2,4 bilhões de euros (US$ 2,10 bilhões) em 2002. As receitas da unidade deverão declinar entre 3% e 5% em 2002, por conta da desvalorização do peso argentino. A unidade estima que as receitas no Brasil vão crescer entre 15% e 17% em 2002 e entre 11% e 13% em 2005. A relação investimento-receita da unidade deverá cair para 13% a 15% em 2002, de 31% em 2001, dado o declínio dos investimentos com infra-estrutura, já que a Telefónica cumpriu as exigências reguladoras no Brasil para fornecer serviços em todo o País. O Ebitda deverá cair entre 6% e 8% em 2002, e então subir em 2005 à uma taxa entre 6% e 8%. Os investimentos deverão ficar entre 1,2 bilhão de euros (US$ 1,05 bilhão) e 1,3 bilhão de euros (US$ 1,13 bilhão) em 2002, nível que deverá se repetir em 2005. Julio de Linares, chairman da Telefónica de España, disse que a unidade "manterá as margens do Ebitda nos níveis atuais, apesar da pressão da maior concorrência", projetando uma margem de Ebitda entre 42% a 45% em 2005, de 44% em 2001. A receita operacional da unidade deverá subir a uma taxa entre 1% e 4% até 2005; a relação investimentos-receita movendo-se abaixo de 18% em 2005, de 19%, e o fluxo de caixa subindo à uma taxa de 4% a 6% até 2005.

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