Brex, startup bilionária fundada por brasileiros, demite 20% dos funcionários

Ao todo, 282 pessoas foram demitidas da empresa nesta semana

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Foto do author Bruna Arimathea

A Brex, startup que oferece cartão de crédito para startups dos EUA, demitiu 282 pessoas nesta terça-feira, 23, confirmaram os fundadores brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras em um comunicado. O corte representa aproximadamente 20% do quadro de funcionários da startup.

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De acordo com a Brex, o crescimento rápido dos serviços companhia não pode ser acompanhado pela própria administração. De acordo com o site americano The Information, a empresa estava queimando cerca de US$ 17 milhões por mês no último trimestre, o que ajudou a deixar as contas apertadas.

“Este ano, decidimos analisar com afinco nossa estrutura atual e reduzir o número de camadas entre os líderes e o trabalho real que afeta os clientes”, afirmou Franceschi no comunicado, que também foi publicado no site da startup. “Isso resultou na difícil decisão de hoje”.

A Brex foi fundada em 2017 pelos brasileiros Pedro Franceschi e Henrique Dubugras Foto: Divulgação/Brex

Fundada em 2017 por Franceschi e Dubugras, a Brex teve sua última rodada de aportes em 2022, quando recebeu US$ 300 milhões da Greenoaks Capital e TCV. Conhecida no Vale do Silício pela agilidade, a empresa promete uma versão digital do cartão em até cinco minutos após o cadastro, e uma versão física em até cinco dias.

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Nos últimos anos, porém, a empresa enfrenta o desafio de crescer junto com seus serviços: os clientes da Brex estão crescendo, o que tem exigido a adaptação do serviço para atender também empresas de médio porte e grandes companhias – essa é a nova fronteira de crescimento da startup.

Uma dessas oportunidades aconteceu no início de 2023, quando o Sillicon Valley Bank, principal banco das startups, quebrou em meio a uma perda de liquidez generalizada. Desde então, a Brex tem absorvido parte dos clientes que usavam o banco para fazer negócios na região.

Para os funcionários demitidos, a empresa ofereceu oito semanas de salário, plano de saúde por seis meses e ajuda de consultoria para recolocação no mercado de trabalho.

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