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Câmara-e.net quer política unificada para TI

Entidade do setor de comércio eletrônico pede política pública e regulatória e o fomento ao mercado

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (Câmara-e.net), que promove nesta semana uma série de eventos para comemorar um ano de atividade, defende a criação de uma política unificada para o setor de Tecnologia da Informação. De acordo com o diretor-executivo da entidade, Cid Torquato, a principal bandeira é o desenvolvimento de uma ampla política de TI e comércio eletrônico que, entre outros benefícios, minimize os efeitos da exclusão digital de empresas. "Queremos ser a inteligência do setor", disse Torquato. Segundo o diretor da Câmara-e.net, há, na realidade, duas reivindicações prioritárias para o setor de comércio eletrônico, que, segundo estimativas da entidade, movimentará US$ 13 bilhões neste ano. "Primeiro, a política pública e regulatória. Depois, o fomento ao mercado", informou ao acrescentar que "pensamos ainda na interface entre governo eletrônico e empresas, e-learning e tudo mais de TI que possa gerar desenvolvimento". A necessidade de regulamentação do setor é justificada pelos índices de crescimento calculados pela entidade. A projeção para o comércio eletrônico nacional, segundo Torquato, é geométrica. "Até 2005, os volumes gerados por esse mercado serão equivalentes ao dobro do movimentado no ano anterior", afirmou. Na composição da receita, varejo, serviços online e publicidade online responderão por cerca de 10% do volume total movimentado no período. "Todo o demais será gerado em transações B2B e esses US$ 13 bilhões para este ano nem incluem e-banking", ressaltou o executivo. Os valores e índices de audiência, segundo Torquato, também são alvo das prioridades da entidade para o próximo ano. "Estamos trabalhando na consolidação dos critérios métricos do setor", completou. Como crescer A consolidação do comércio eletrônico no País, para o diretor da entidade, passa pela necessidade de levantamento dos potenciais clientes nacionais e internacionais. Para a primeira fase do levantamento, a Câmara-e.net contará com o apoio da Secretaria do Desenvolvimento da Produção, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em audiência com o ministro do Desenvolvimento, Sérgio Amaral, Torquato diz ter conseguido o comprometimento da pasta. "Conseguimos apoio e faremos o mapeamento das principais cadeias produtivas no País com o auxílio da secretaria", adiantou. Além das iniciativas em Brasília, a Câmara-e.net agendou para setembro uma missão de negócios aos Estados Unidos, em parceria com a Sociedade para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). Na ocasião, desenvolvedoras nacionais de software de e-banking e e-business terão a oportunidade de apresentar produtos nacionais em solo estrangeiro e participar de rodadas de negócios. "Em decorrência do déficit tremendo no setor, também queremos viabilizar as exportações", explicou. No ano passado, o setor de software registrou déficit de US$ 1,2 bilhão, segundo estimativas da Softex. Fundada em maio do ano passado, a Câmara-e.net conta com 150 empresas associadas, de diversos setores da economia. Cada sócio paga anualidades que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil, de acordo com o tipo de sociedade requerida. Para mais informações, visite o site, na URL http://www.camara-e.net.

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