A Cellebrite, empresa que vende uma plataforma capaz de desbloquear celulares e acessar mensagens diretamente de celulares, não consegue violar smartphones bloqueados da Apple que possuem iOS 17.4 ou versões mais recentes do sistema operacional. Isso é o que informam documentos revelados pelo site 404 Media.
Intitulados “Cellebrite iOS Support Matrix” e “Cellebrite Android Support Matrix”, os PDFs foram enviados por uma fonte anônima ao veículo. De acordo com o site, os documentos teriam sido obtidos a partir de um cliente da Cellebrite. Prints desses papéis haviam sido publicados em maio, mas não receberam muita atenção.
Assim, segundo os documentos, todos os iPhones bloqueados que usam iOS 17.4 ou mais recente estão com o status “em pesquisa”, ou seja, não conseguem necessariamente ser abertos pelas ferramentas da Cellebrite, que envolvem software e hardware.
Os smartphones que suportam a versão 17.4 ou mais nova são aqueles lançados a partir do iPhone Xs, iPhone Xs Max ou iPhone XR, que foram colocados à venda no ano de 2018. Assim, o iPhone 12 e 13, por exemplo, podem estar imunes à Cellebrite, se atualizados.
Oficialmente, contudo, de acordo com a companhia, para os modelos XR e 11, o sistema seria funcional – isto é, seria possível ganhar acesso a esses celulares. A partir do iPhone 12, porém, a Cellebrite afirma que o suporte virá em breve, diz o site 404 Media.
A grande maioria dos iPhones já está atualizada com a versão iOS 17. De acordo com a Apple, 77% de todos os seus smartphones já contam com esse sistema operacional, informa o site 404 Media. Contudo, não haveria dados sobre quantas pessoas possuem a versão iOS 17.4.
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Como atualizar o iPhone
Atualizar o iPhone é bastante simples. Basta clicar no aplicativo de Ajustes, selecionar Geral, clicar em Atualização de Software e, se houver uma atualização disponível, optar por Instalar agora.
A Cellebrite fornece seus serviços para entidades públicas e privadas, mas costuma ser utilizada em investigações policiais. Em alguns países, no entanto, há temores de que ele também possa ser usado por criminosos para acessar aparelhos roubados.
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