Em sua apresentação na Consumer Electronics Show (CES), maior feira de tecnologia do mundo que acontece nesta semana em Las Vegas (EUA), a Intel mostrou um pouco do que planeja para o futuro dos processadores. O principal destaque da apresentação ficou por conta da linha de chips Ice Lake, prevista para chegar ao mercado no final de 2019.
Tida como a 10ª geração de processadores da empresa, a linha é a primeira que a companhia de Santa Clara está preparando com transistores de 10 nanômetros -- um nanômetro, a título de comparação, é da espessura de um fio de cabelo. Com esses chips, a empresa espera conseguir ganhar mercado em processamento de dados, no que definiu como uma nova era da computação.
"Estamos começando uma era de uso inovador de dados, seja no computador, na nuvem, na rede ou nas pontas da computação", destacou Gregory Bryant, vice-presidente sênior da empresa. "É um mercado potencial de US$ 300 bilhões e nós queremos fazer parte dele."
Na visão da Intel, essa economia passa diretamente pelos computadores -- utilizado, segundo a empresa, pela maioria das pessoas para fazer o trabalho que realmente importa, quando precisam de foco e produtividade.
Notebooks e 5G. Além disso, a empresa também apresentou uma nova linha de processadores para notebooks, baseada na arquitetura Cooper Lake, de nona geração -- a linha havia sido anunciada no ano passado, mas com versões apenas para computadores de mesa (desktops). Devem chegar ao mercado em breve processadores i3, i5, i7 e i9 -- este último, sozinho, tem um núcleo capaz de atingir até 5.0 GHz.
Outra previsão da Intel para chegar ao mercado até o fim do ano é um chip com modem 5G, pronto para dispositivos móveis utilizarem a tecnologia de conexão móvel de quinta geração, que começa a ser desenvolvida nos EUA e na Europa -- no Brasil, provavelmente o 5G só se tornará uma realidade a partir de 2020, pelo menos.
*O repórter viajou a convite da Intel
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