Apesar de “invisível”, a internet pode ter o seu peso físico calculado e o mais surpreendente: elas é mais pesada que um carro popular, como o Celta Life 1.0 2011. A revista Wired, usando como base um estudo americano de 2021, feito por pesquisadores do Laboratório Nacional de Los Alamos, estimou que a internet pesa cerca de 960,9 kg, ou 100 kg a mais que o clássico carro da Chevrolet.
De acordo com a publicação, o desafio de “pesar” a internet começou em 2006 com o físico Russell Seitz, da Universidade Harvard. Ele tentou calcular sua massa com base na energia necessária para alimentar servidores e concluiu que a internet pesaria cerca de 50 gramas, o equivalente a alguns morangos.
Esse cálculo, no entanto, passou a ser questionado com o crescimento do tráfego de dados e o avanço das abordagens científicas para realizar a estimativa. O aumento da conectividade global nos últimos e a presença massiva de inteligência artificial (IA) na rede fizeram o cálculo mais recente trazer um resultado consideravelmente mais alto.

Para estimar o peso atual da internet, a Wired olhou para o trabalho dos pesquisadores de Los Alamos, que estimou que a internet alcançaria 33 zettabytes de dados até 2025. Segundo os cientistas, o DNA é uma das soluções estudadas para arquivamento de longo prazo de informações, pois pode codificar grandes quantidades de dados em um espaço reduzido. Atualmente, de acordo com os pesquisadores, 1 grama de DNA possa armazenar 215 petabytes (ou 215 x 10¹⁵ bytes).
Aplicando essa lógica, a Wired estimou que toda a internet caberia em 960,9 kg de DNA, o que equivale ao peso de aproximadamente dez homens adultos, ou cerca de 100 kg a mais que o Celta Life 1.0 2011 duas portas (860 kg) e o Celta Spirit 1.0 2011 quatro portas (890 kg).
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A busca pelo peso da internet
O desafio de “pesar” a internet começou lá em 2006, com o físico Russell Seitz, de Harvard, que tentou fazer a medição calculando sua massa com a energia necessária para alimentar servidores. Sua conclusão foi que a internet pesaria cerca de 50 gramas, o equivalente a alguns morangos.
Outra tentativa foi feita em 2018, com um estudo liderado por Christopher White, da NEC Laboratories America. O artigo propôs outra forma de medir a massa da internet. A equipe partiu da premissa de que, até 2025, o volume de informações digitais atingiria 175 zettabytes — ou 1,65 x 10²⁴ bits. Com isso, foi possível calcular a energia mínima necessária para armazenar todos esses dados e convertê-la em massa usando a equação de Einstein (E = mc²). Ao aplicar a equação de Einstein a esses dados, White chegou a um valor de 5,32 x 10⁻¹⁴ gramas — um número minúsculo, sem impacto prático significativo.
Assim, o estudo de Los Alamos, que aposta no DNA como repositório de informações, estimou um peso maior mesmo apostando que o volume de informações da internet seja bem menor do que o trabalho da NEC.