Morto nesta quinta, 19, aos 81 anos, David Crosby era uma lenda do folk-rock americano, graças aos trabalhos com os Byrds e com Crosby, Stills, Nash & Young. Nos últimos anos, porém, o influente músico se notabilizou por assumir um papel bem mais mundano: tuiteiro frenético.
Com 234 mil seguidores, Crosby mantinha uma conta na rede social desde abril 2011 e costumava falar sobre música, política e maconha - incluindo pitacos sobre os baseados dos fãs, com quem mantinha interação ativa. A atividade intensa rendeu ao longo dos anos mais de 79 mil tuítes, que ajudaram a cristalizar a sua personalidade para gerações mais novas de fãs.
Crosby manteve as atividades até um dia antes de sua morte. Na quarta, 18, ele elogiou a ativista Greta Thunberg, criticou os deputados do Partido Republicano Matt Gaetz and Marjorie Taylor e elogiou a canção Eleanor Rigby, dos Beatles. O último post do músico foi um retuíte sobre a detenção de Thunberg na Alemanha.
Ao contrário do que acontece com personalidades públicas, a família de Crosby não usou o perfil do músico para comunicar sua morte, preservando o perfil da maneira que seu dono deixou.
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