Elon Musk está ‘manipulando’ dados financeiros da SpaceX para esconder prejuízo, diz agência

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a empresa ainda não opera com lucro, como Musk afirmou diversas vezes

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Foto do author Bruna Arimathea

SpaceX pode estar burlando números para investidores e operando sem margem de lucro, disseram fontes próximas da empresa para a agência de notícias Bloomberg. Segundo as pessoas ouvidas pela agência, Elon Musk, dono da empresa de exploração espacial, frequentemente modifica partes do balanço para colocar a companhia em melhores condições diante de acionistas e possíveis investidores.

Os números são “mais uma arte do que ciência”, afirmou uma das fontes ouvidas pela Bloomberg, que não quis se identificar por se tratar de um assunto privado. Por ser uma empresa de capital fechado, a SpaceX não tem a obrigação de divulgar seus dados financeiros publicamente. Com isso, a empresa teria excluído alguns dados de custos de envios de satélites para o espaço para fazer seu balanço financeiro parecer mais atraente.

A SpaceX faz lançamentos regulares de seus satélites Starlink para a órbita baixa da Terra, onde domina a tecnologia de fornecimento de internet com baixa latência  Foto: Mario Tama/Getty Images/AFP

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Mas a empresa, que aposta no lançamento de satélites Starlink para abater os custos, não está operando com lucro, de acordo com a fonte. A afirmação vai contra o que Musk tem falado em suas redes sociais. No ano passado, o bilionário declarou que a SpaceX estava com um fluxo de caixa sem prejuízo.

A Bloomberg entrou em contato com a empresa, mas não obteve resposta.

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A SpaceX faz lançamentos regulares de seus satélites Starlink para a órbita baixa da Terra, onde domina a tecnologia de fornecimento de internet com baixa latência. Atualmente, são cerca de 5,6 mil equipamentos ativos que oferecem internet em grande parte do mundo - inclusive no Brasil.

A rede de satélites da Starlink utiliza antenas motorizadas para enviar e receber sinais de rádio para o satélite mais próximo disponível. Os dados são trocados com gateways (equipamento de conexão entre duas redes) e POPs (“Point of presence”, ou, em português “Ponto de presença”) localizados em data centers, conectados por fibra óptica, para integrar-se fisicamente com a internet.

Atualmente, a antena necessária para receber a internet custa R$ 1 mil no Brasil, com assinatura mensal a partir de R$ 184.

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