Quais promessas para o Twitter Elon Musk cumpriu até agora? Veja lista

Bilionário comprou rede social há um ano e fez várias promessas para a sua gestão

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Por Geovani Bucci, especial para o Estadão

Após idas e vindas, o bilionário Elon Musk concluiu a compra do Twitter, o atual X, há exatamente um ano, por US$ 44 bilhões de dólares. Durante o processo e depois de finalizado, o empresário sul-africano fez diversas ‘promessas’ de alterações na rede social - algumas já foram cumpridas, enquanto outras aguardam para se tornarem realidade.

“O pássaro está livre”, publicou na época o também dono da Tesla e da SpaceX. Defensor da liberdade de expressão sem restrições, ele propôs modificações que vão desde novos recursos na plataforma até alterações nas políticas internas da empresa. O fim da moderação de conteúdo na plataforma, a extinção dos verificados e até indenização para funcionários demitidos são alguns exemplos.

Entre promessas de Musk estava a de eliminar os bots  Foto: Gonzalo Fuentes/Twitter

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A mudança mais radical aconteceu em julho deste ano, quando os usuários foram pegos de surpresa com a alteração repentina do nome da rede social para X, bem como o sumiço da icônica logo azul com o passarinho. O ‘rebranding’ serviu para inserir de vez a companhia dentro do guarda-chuva dos outros negócios do bilionário, todos controlados pela X Corp. Ainda que não tenha sido uma promessa explícita, o empresário já havia deixado claro no próprio Twitter que tinha a intenção de criar uma rede social chamada X - ninguém esperava que o Twitter serviria de base para isso.

Cumpridas ou não, veja a seguir as promessas de Elon Musk para o X, antigo Twitter.

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Expansão do Twitter Blue

Após a grande mudança de marca, serviços como o Twitter Blue foram renomeados como X Premium. Existente com poucos recursos desde 2021 na rede social, o Blue era alvo constante de comentários de Musk, que apontava um aumento da receita deficitária da empresa caso houvesse uma expansão da versão paga.

Assim, o plano de assinatura foi expandido com força pela nova gestão. Atualmente a R$ 42 mensais ou R$ 440 ao ano no Brasil, a assinatura oferece recursos como selo azul de verificação, a possibilidade de editar posts publicados até uma hora, 50% de anúncios a menos, posts com até 25 mil caracteres, entre outros.

Além disso, novas funcionalidades são incorporadas constantemente, como chamadas de vídeo e áudio.

Liberdade de expressão

Musk sempre apontou para uma suposta limitação na liberdade de expressão da plataforma e prometia afrouxar as regras de moderação. Ao assumir, ele eliminou a equipe de moderação da empresa.

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Desde então, as decisões no Twitter se tornaram mais complexas — em alguns casos, a própria política interna da plataforma pode ser descumprida, como no episódio dos massacre a escolas no Brasil.

Apesar de dizer que defende a liberdade de expressão irrestrita e sem moderação de conteúdo, Elon Musk derrubou a conta de jornalistas críticos ao empresário e removeu contas de veículos de imprensa, como a BBC, a pedido do governo da Índia.

Fim dos verificados

Desde 2009, o selo de verificação era concedido como uma maneira de dar autenticidade às contas de figuras públicas, incluindo celebridades, jornalistas, atletas profissionais e políticos. Era algo que Musk prometia rever. Assim que assumiu, os selos foram banidos dessas contas e agora só podem ser adquiridos por meio do X Premium.

No entanto, o que se viu foi uma confusão. Sem a análise de uma equipe para a verificação, diversos perfis falsos passaram a ostentar o nome de empresas e personalidades, utilizando o selo e confundindo os usuários. Posts como o personagem de videogames Mario Bros exibindo o dedo do meio e o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, falando que sente falta de matar iraquianos foram virais.

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Atualmente, quem compra o selo de verificação ostenta o selo azul. Já os selos dourados pertencem a perfis de jornais, órgãos governamentais e outras instituições oficiais.

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Autenticar todos os humanos

Assim que formalizou a proposta de comprar o Twitter, Elon Musk declarou que pretendia autenticar todos os humanos na plataforma. Similar ao que já fazem o Facebook e o Instagram, a ideia é impedir que contas falsas, anônimas, de paródia e robôs tenham acesso à ferramenta. Até o momento, isso não aconteceu.

Como uma tentativa de reduzir a quantidade de spam e robôs na plataforma, o X anunciou na semana passada uma cobrança de uma taxa anual de US$ 1 para novas contas criadas na rede social. O programa “Not a bot” (Não é um robô) não afeta contas antigas e já está sendo testado na Nova Zelândia e nas Filipinas.

De qualquer forma, a promessa ainda não foi cumprida e é possível encontrar esses perfis com certa facilidade.

Algoritmo desvendado

Elon Musk sempre defendeu que o Twitter abrisse o código do algoritmo para todos. O objetivo seria trazer mais transparência pública, apontando como funcionam as “engrenagens” da rede social. Essa vontade foi realizada em 31 de março, quando o bilionário tornou público o código-fonte do Twitter.

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A abertura do algoritmo comprovou que Elon Musk alterou o algoritmo para aparecer na timeline de mais usuários. Como consequência dessa superexposição em perfis alheios, em 29 de março, o empresário superou o ex-presidente americano Barack Obama tornou a pessoa mais seguida da rede social, com mais de 133 milhões de seguidores.

Conselho de moderação de conteúdo

Quando Musk assumiu como proprietário do Twitter, ele disse que nomearia um conselho de moderação de conteúdo, que aconselharia sobre todas essas decisões. O conselho nunca foi nomeado e Musk mais tarde indicou que não criaria tal órgão.

Indenização e demissões

Musk informou que ofereceu três meses de indenização aos funcionários demitidos, o que seria muito mais que o oferecido pela empresa normalmente. No entanto, meses depois de serem demitidos, muitos funcionários receberam apenas um mês de pagamento em troca de concordar com vários termos e condições.

Além disso, pouco tempo após assumir o controle, o bilionário afirmou a investidores interessados em entrar no negócio que pretendia realizar demissões em massa na empresa, chegando a 75% do corpo de funcionários.

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Uma semana depois da aquisição, o empresário deu início ao seu plano e reduziu equipes em diversas partes da empresa, dispensando inclusive funcionários do alto escalão. Segundo a imprensa americana, a companhia saiu de 8 mil funcionários para 1,5 mil atualmente.

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