Embora seja conhecido como fundador da gigante Microsoft, o magnata da tecnologia Bill Gates – o segundo homem mais rico do mundo, com fortuna estimada em US$ 90 bilhões – busca soluções que possam ajudar a solucionar problemas globais, como o acesso a água e saneamento básico. Nesta terça-feira, 6, Gates anunciou sua mais nova aposta: um vaso sanitário inteligente que dispensa o uso de água e a necessidade de sistema de esgoto.
O produto é resultado de uma pesquisa financiadas pela Fundação Bill e Melinda Gates, a maior organização filantrópica particular do mundo. Segundo o executivo, há vários modelos do produto já disponíveis para venda, mas não informou o valor de cada peça.
Durante a apresentação do vaso sanitário, em uma feira realizada na China, o fundador da Microsoft destacou o papel social e ambiental de sua nova proposta. “O vaso sanitário de hoje simplesmente manda os dejetos embora na água, enquanto estes vasos sanitários inteligentes sequer têm esgoto”, disse.
Para que a “mágica” aconteça, foi desenvolvida uma tecnologia que transforma os dejetos humanos em fertilizante. “Eles (os vasos sanitários inteligentes) recebem os dejetos líquidos e sólidos e fazem um trabalho químico, o que inclui ‘queimá-los’ na maioria dos casos”, disse Gates, sem entrar em detalhes, durante entrevista à agência de notícias Reuters.
Apresentação. Para sensibilizar o público sobre a necessidade de sua nova aplicação, Gates mostrou, em sua apresentação, uma jarra com dejetos humanos, e disse que naquele recipiente havia cerca de 200 trilhões de vírus, 20 bilhões de bactérias e 100 mil ovos de parasitas.
“Em lugares sem saneamento básico, há muito mais que isso no ambiente, o que causa doenças como diarreia, cólera ou febre tifoide, que matam cerca de 500 mil crianças de cerca de 5 anos todos os anos”, afirmou o fundador da Microsoft.
Inovação. Gates descreveu a mudança das privadas tradicionais para os modelos sem água como um passo importante para a sociedade, semelhante ao desenvolvimento da computação, na década de 70, época em que o executivo ajudou afundar a Microsoft ao lado de Paul Allen.
O executivo é conhecido no mundo da inovação como um dos principais investidores de pesquisas em ciência, saúde e tecnologia. Para isso, destina parte dos seu patrimônio. O bilionário esteve por ano no topo da lista dos homens mais ricos do mundo, feita pela revista Forbes – atualmente, ele ocupa a segunda posição, atrás apenas de Jeff Bezos, fundador e presidente da gigante Amazon.
