Emissões do Google crescem quase 50% devido à inteligência artificial

Outras empresas enfrentam problemas semelhantes

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Por Sabrina Brito

Nesta terça-feira, 2, o Google anunciou que, nos últimos cinco anos, suas emissões de gases de efeito estufa cresceram 48%. O motivo: a necessidade de alimentar seus centros de dados de inteligência artificial, que demandam cada vez mais energia com o desenvolvimento de novos produtos.

Somente em 2023, mais de 14 toneladas de emissões foram liberadas pela empresa conforme o relatório ambiental anual, representando um aumento anual de 13%. De acordo com o Google, os principais culpados são justamente o consumo de eletricidade por parte de data centers e as emissões produzidas pela cadeia de suprimentos da companhia.

Investimentos em IA por parte de big techs têm crescido notavelmente Foto: Jeff Chiu/AP

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Data centers são importantes para o treinamento e operação de modelos de inteligência artificial, a exemplo do Gemini, do próprio Google. Uma pesquisa do Electric Power Research Institute de maio apontou que, até o ano de 2030, esses centros podem utilizar até 9% de toda a eletricidade gerada nos Estados Unidos.

Seus computadores e sistemas de refrigeração exigem grandes quantidades de energia elétrica, o que, por sua vez, coloca bastante pressão sobre o meio ambiente.

O ano de 2019 é considerado a base para os planos da empresa de zerar suas emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2030, o que exigiria que ela removesse da atmosfera tanto gás carbônico quanto libera. Desde então, porém, a produção desses compostos pelo Google cresceu significativamente, caminhando no sentido contrário do desejado.

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Assim, segundo a companhia, seus planos “extremamente ambiciosos” não serão fáceis de atingir. Para o Google, a questão principal gira em torno da incerteza acerca do impacto ambiental da inteligência artificial, o qual é “complexo e difícil de prever”.

Outras gigantes já relataram problemas parecidos. A Microsoft, por exemplo, relatou um crescimento de quase 30% em suas emissões desde o ano de 2020. O motivo principal: a construção de novos centros de dados.

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