A partir do final de julho, o Google vai inspecionar gratuitamente a dark web, a parte da internet que não é indexada por buscadores e não é facilmente acessada, e liberar relatórios para todos os seus usuários. O recurso vai procurar por dados roubados, como nome e e-mail, e avisar a vítima.
A novidade foi informada em uma página de ajuda do Google. “O Relatório da dark web e a privacidade nos resultados sobre você são recursos que ajudam a entender e proteger sua presença on-line”, informa o site.
O mecanismo procura, a princípio, apenas o endereço de e-mail do usuário. Nas configurações a serem disponibilizadas neste site, contudo, é possível adicionar informações a serem buscadas, como endereço e telefone.
Por enquanto, você pode preencher as suas informações no link e o Google te avisará se elas estiverem disponíveis nos resultados de busca. Neste caso, existe a opção de requisitar a remoção desse conteúdo das pesquisas em alguns casos (o Google não pode apagar conteúdo do site de terceiros).
Ainda que consiga localizar dados vazados, não há muito que o Google possa fazer para ajudá-lo em situações desse tipo. Na dark web, os sites não estão indexados, ou seja, não podem ser encontrados por mecanismos de busca como o próprio Google ou o Yahoo. Dessa forma, o problema não envolve o Google diretamente.
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No entanto, a depender do problema em mãos, há algumas ações que podem ser tomadas. Por exemplo: se alguma senha sua for encontrada pelo Google na dark web, o recomendado é trocá-la imediatamente.
A ferramenta de monitoramento da dark web, porém, não é gratuita e estará disponível somente para assinantes do Google One, que envolve mais espaço para armazenamento interno e ainda funcionalidades extras de inteligência artificial no Gemini. Custa a partir de R$ 7 por mês.
A utilidade do mecanismo do Google vem, em parte, do fato de que grande parte da população não acessa – ou não sabe como acessar – a dark web. Assim, ficaria bastante difícil encontrar dados próprios que foram vazados e removê-los dessa porção da internet.
Os relatórios da dark web estão disponíveis em 46 países. Entre eles, estão Brasil, Argentina, Alemanha e Estados Unidos.
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