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Google e Meta fizeram acordo ilegal para entregar publicidade para menores de idade no YouTube

Informação é do jornal britânico Financial Times; alvos seriam jovens de 13 a 17 anos nos EUA

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Por Sabrina Brito
Atualização:

Uma nova reportagem do Financial Times aponta que a Meta e o Google se juntaram para fazer uma campanha que propositalmente mirou em jovens de 13 a 17 anos para enviar anúncios do Instagram no YouTube. A medida contraria o conjunto de regras do próprio Google sobre fazer propaganda para crianças.

De acordo com documentos aos quais o veículo teve acesso, o Google teria construído um esforço de marketing para fazer com que esses jovens fossem os alvos de publicidades ligadas à rede social.

Acordo publicitário entre Google e Meta teria como alvo menores de idade Foto: Peter Morgan/AP

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O Financial Times sugere, ainda, que o objetivo da campanha era atingir o grupo de internautas agrupado sob o nome de “desconhecidos”, o qual tinha por costume envolver menores de 18 anos. Haveria ainda sinais de que o real intuito do marketing fosse disfarçado, aponta o jornal britânico.

De acordo com o veículo, teria planos de que a campanha fosse expandida para além dos Estados Unidos, adicionando à promoção sites como o Facebook.

O contexto para tal movimento pode ser explicado pela migração de grande parte dos usuários de plataformas da Meta para o TikTok e outras redes sociais rivais. Além disso, o Google tem por objetivo fortalecer as suas campanhas publicitárias, o que teria sido feito por meio desses esforços.

De acordo com o site, o marketing teria sido cancelado e o Google afirma ter iniciado investigações acerca das alegações feitas pelo veículo.

Em um comunicado ao jornal europeu, a empresa disse que proíbe propagandas que são personalizadas para pessoas abaixo de 18 anos. “Também empregaremos mais ações para reforçar com representantes de vendas que eles não devem ajudar anunciantes ou agências a realizar campanhas que tentem burlar as nossas políticas.”

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Vale lembrar que a campanha construída pelo YouTube com o objetivo de atrair mais internautas ao Instagram já estava sendo trabalhada em janeiro deste ano, quando o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, fez um depoimento perante o Congresso dos Estados Unidos para pedir desculpas com as famílias de crianças que foram vitimizadas pela exploração sexual nas plataformas da empresa.

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