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Limitação no Twitter cria ‘mercadão’ de convites para a rede social Bluesky

Insatisfeitos, usuários iniciam nova onda de migração para o app concorrente do passarinho

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Foto do author Alice Labate
Por Alice Labate e Camila Pessoa
Atualização:

No sábado, 1.º, o bilionário Elon Musk anunciou limites diários para o número de posts que os usuários do Twitter podem ver. Claro, a mudança não agradou parte das pessoas, que começaram a migrar para a concorrente Bluesky. Mas há um detalhe: a nova rede social ainda não foi lançada oficialmente, e exige convite para criar uma conta. Assim, nas últimas horas, surgiu um ‘mercadão’ de convites para o serviço

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Musk anunciou a mudança em seu perfil oficial dno Twitter e agora os usuários terão um limite de visualização de tuítes por dia. Na publicação original, o CEO da rede social escreveu: “Para lidar com níveis extremos de extração de dados e manipulação do sistema, aplicamos os seguintes limites temporários: As contas verificadas estão limitadas à leitura de 6 mil postagens/dia; Contas não verificadas para 600 postagens/dia; Novas contas não verificadas para 300/dia”. Posteriormente, esse números foram atualizados para 10 mil postagens/dia para assinantes do Twitter Blue e 1 mil postagens/dia para não assinantes.

Um dia antes de anunciar a novidade, Musk já havia bloqueado o acesso a tuítes públicos para quem não tivesse feito login na rede social. Essas alterações no funcionamento do Twitter seriam para evitar o uso de postagens públicas da plataforma para extração de dados e treinamento de inteligência artificial (IA), prática que já vinha sendo criticada pelo bilionário, que foi uma das pessoas que assinaram a carta anti-IA em março pedindo pela pausa no desenvolvimento das IAs.

Muitos usuários se mostraram insatisfeitos com as limitações do Twitter e assim se originou um “mercadão” de convites para o Bluesky, com gente procurando e vendendo entradas para o novo serviço. Veja abaixo.

Sites que supostamente prometem convites também sugiram com a demanda pela nova rede.

Um fenômeno de debandada parecido aconteceu logo após Musk comprar o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro do ano passado. Em novembro, poucos meses depois da aquisição, os usuários começaram a especular sobre um possível fim da rede social e começaram a migrar para o concorrente indiano Koo, porém essa “substituição” durou apenas alguns meses e os usuários voltaram para o Twitter.

Twitter Blue

Contas verificadas poderão visualizar até 10 vezes mais tuítes diários que as não verificadas. Perfis com o selinho azul ao lado do nome do perfil são os assinantes do Twitter Blue, pacote de assinatura mensal da plataforma que custa R$ 60 ao assinar pelo app (para Android e iOS) e R$ 42 ao assinar pela web.

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Além do selo azul e de poder ver mais tuítes por dia, a assinatura garante acesso antecipado a novos recursos, como o de editar tuítes, ter 50% menos anúncios na timeline, poder escrever tuítes com até 4 mil caracteres (o limite para usuários da plataforma gratuita é de 280 caracteres), carregar vídeos mais longos, dentre outras funcionalidades exclusivas.

O que é Bluesky?

O Bluesky é uma rede social bem parecida com o Twitter que começou a ser desenvolvida por Jack Dorsey, cofundador do Twitter, em 2019. O app se parece muito com a rede social do passarinho, tendo a mesma formatação só que em uma versão minimalista. A proposta também é a mesma, permitindo que os usuários façam postagens em textos curtos e em imagens, podendo interagir ativamente com outras publicações.

BlueSky ainda não foi lançada oficialmente mas pode ser acessada com um código de convite durante a fase de testes Foto: Divulgação/Bluesky

Como o Bluesky ainda não foi lançado oficialmente e está em fase de testes, para poder acessá-la é necessário um código de convite, gerado por usuários atuais da plataforma. Outra opção é aguardar o lançamento oficial, cadastrando o seu e-mail na lista de espera disponível na página de login do aplicativo.

O aspecto interessante do Bluesky é o fato de ser uma rede social de código aberto e descentralizada. Isso significa que a comunidade tem a liberdade de desenvolver e aprimorar a plataforma através do código-fonte, permitindo mudanças personalizadas conforme a necessidade dos usuários.

A plataforma também funciona como um “metaverso das redes sociais”, já que oferece suporte para diferentes redes sociais, permitindo que os usuários interajam com outras mídias digitais no mesmo aplicativo.

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

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