Um mergulhador profissional, Jair Gatto, devolveu ao mar um iPhone 15 que havia recuperado para uma cliente, após o companheiro dela reclamar do valor cobrado pelo serviço. O caso ocorreu em São Vicente, litoral de São Paulo, no dia sete de novembro e viralizou nas redes sociais. A identidade do casal que pediu pelo resgate não foi revelada.
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O que aconteceu?
Jair Gatto, mergulhador com experiência em busca e resgate de objetos perdidos em represas e alto mar, foi contatado por uma mulher que havia perdido seu iPhone 15 durante um passeio de jet ski. Após negociar o valor do serviço, que foi acordado em R$ 1,2 mil, Gatto e um amigo iniciaram as buscas pelo aparelho na região indicada pela cliente.
Após aproximadamente uma hora de busca, os mergulhadores encontraram o iPhone e retornaram à praia. Ao ligar para a cliente para informar sobre o resgate, Gatto foi informado que o companheiro dela queria falar com ele. Ao saber do valor acordado para o resgate do iPhone, o homem reclamou do preço e tentou negociar um valor menor. Gatto, que já havia acertado o preço com a mulher, recusou-se a renegociar e reafirmou o valor antes acordado.
Diante da recusa do mergulhador, o homem fez uma contraproposta, oferecendo uma parte do pagamento no momento e o restante posteriormente. Gatto novamente recusou a oferta, afirmando que o valor já havia sido acordado previamente. Após uma breve discussão, Gatto, sentindo-se desrespeitado pela atitude do cliente, decidiu devolver o iPhone ao mar. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, o mergulhador é visto jogando o aparelho de volta na água, dizendo: “Irmão, tá bom? Tá aqui seu telefone, não vou cobrar nada, vem buscar agora”.
O iPhone 15, assim como outros modelos da linha, possui certificação IP68 de resistência à água, o que significa que ele pode ser submerso em água doce (diferente da água do mar) a uma profundidade de até 6 metros por até 30 minutos. No entanto, a resistência à água não é permanente e pode diminuir com o tempo ou com o desgaste do aparelho fazendo com que o smartphone pare de funcionar normalmente após um período.
Repercussão
O caso gerou debate nas redes sociais. Alguns internautas defenderam o mergulhador, argumentando que ele tinha o direito de cobrar o valor acordado e que a atitude do cliente foi desrespeitosa. Outros, no entanto, criticaram o valor cobrado pelo serviço, considerando-o abusivo. Em um outro post do Instagram, o mergulhador se defendeu quanto a atitude.
“Muitos me conhecem, sou da paz e sempre tento ajudar no que posso, agora ser tirado aí não dá, né?”, disse Gatto. “Combinei o valor com a namorada dele, estava tudo certo, aí chega ele todo cheio de malandragem falando que estava caro, que tinha que falar com ele primeiro, não entendi nada. Ele tinha que falar isso com a mulher dele, não comigo (risos). Aí depois quis parcelar, aí não, né?.”
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