Neuralink: empresa de Musk quer realizar mais cinco implantes cerebrais em 2024

Companhia deve retomar cirurgias após problemas com dispositivo de primeiro paciente

PUBLICIDADE

Por Sabrina Brito
Atualização:

A Neuralink, empresa de chips cerebrais do bilionário Elon Musk, retomará os implantes em pacientes. Segundo o empresário, o objetivo da empresa realizar cinco cirurgias ainda neste ano.

PUBLICIDADE

O primeiro dos procedimentos deve ocorrer na próxima semana ou em uma data próxima - esse seria o segundo paciente a receber o dispositivo, mas a cirurgia havia sido adiada na semana passada por conta de problemas no dispositivo do primeiro paciente.

Alterações na tecnologia foram necessárias após a apresentação de falhas e da soltura dos fios implantados no cérebro do primeiro paciente da companhia. Segundo informações da AFP, o problema original, que impediu o primeiro paciente de mover o cursor do computador com a mente, foi resolvido. A nova solução envolve a conexão dos fios em uma área mais profunda do cérebro.

Segundo Musk, se tudo correr bem, a ideia é que o chip seja implantado em mais indivíduos até o final de 2024.

Publicidade

Elon Musk é dono da Neuralink, empresa que quer "libertar o potencial humano" Foto: Richard Bord/WireImage via Fortune

Na transmissão no X, Musk afirmou que, por meio de um dispositivo chamado Telepathy, pacientes com lesões cerebrais e em suas colunas poderão controlar telefones e até mesmo computadores por meio apenas do pensamento.

O objetivo da Neuralink, cofundada por Elon Musk no ano de 2016, é “libertar o potencial humano”. Isso ocorre por meio de uma cirurgia considerada invasiva em que o dispositivo é colocado dentro da cabeça.

No começo do ano, a empresa implantou o aparelho pela primeira vez em um ser humano, mais especificamente em Noland Arbaugh, homem de 29 anos que ficou tetraplégico após um acidente. Após uma falha no equipamento, Arbaugh ficou temporariamente sem a capacidade de controlar o cursor da tela em que estava focado.

Para Musk, porém, antes do erro, os resultados obtidos pelo primeiro paciente eram “ótimos”.

Publicidade

Conforme afirmou Musk, para a próxima fase de implementação, a ideia é “garantir que fazemos o máximo progresso possível entre cada paciente”.

Para ele, a tecnologia é capaz de dar “superpoderes” ao ser humano, já que, para que possa ocorrer a simbiose entre pessoas e a inteligência artificial, “é muito importante poder se comunicar a uma velocidade que a IA possa acompanhar”, declarou.

Segundo Musk, não se trata somente de restaurar a funcionalidade do cérebro, mas também de dar a cada indivíduo participante do projeto a oportunidade de desfrutar de mecanismos de que um “ser humano normal” não seria capaz.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.