O ChatGPT foi um furacão para o mundo da inteligência artificial (IA): realinhou forças, desenterrou discussões, sacudiu perspectivas econômicas e colocou diante dos nossos olhos novos caminhos para o futuro. E tudo isso é só o começo.
Ainda estamos vivendo no olhou do furacão e, após um ano de surpresas e experimentações, devemos ver projetos e discussões ganhando músculos - do aperfeiçoamento dos grandes modelos de linguagem à implementação de projetos legislativos.
Para tentar servir de guia para o que nos aguarda, o Estadão convidou cinco especialistas em áreas diferentes para tentar responder: “O que esperar da inteligência artificial em 2024?”. As respostas são variadas e refletem a diversidade dos autores, que representam investidores, startups, Big Techs, academia e ativistas.
Fábio Coelho, presidente do Google no Brasil, argumenta que a tecnologia irá ajudar parte de nossos grandes problemas já no ano que vem. Já a pesquisadora e especialista em ética, Nina da Hora, afirma que será impossível debater a tecnologia sem abordar questões de governança, responsabilidade, equidade e inclusão.
Alex Szapiro, managing partner do SoftBank no Brasil, maior investidor de startups do País, apresenta um guia claro sobre o que os donos do dinheiro observam e analisam ao tratar de IA. Fábio Cozman, diretor do Centro de IA da Universidade de São Paulo (USP), faz um mapa das melhorias que a tecnologia deve receber, enquanto Rodrigo Nogueira, do laboratório Maritaca AI, levanta a necessidade uma infraestrutura nacional de computação para IA com o objetivo de livrar o Brasil de dependência estrangeira na área.
Os artigos começam a ser publicados diariamente neste dia 26 - veja abaixo as datas com cada um dos autores. E esteja pronto: 2024 não vai dar descanso quando o tema é IA.
26/12 - Fábio Coelho, presidente do Google Brasil:
IA terá papel central na solução dos desafios que teremos em 2024
27/12 - Nina da Hora, cientista da computação e hacker antirracista:
O desenvolvimento da IA em 2024 precisa considerar suas implicações éticas
28/12 - Alex Szapiro, managing partner do SoftBank Brasil:
Ainda há dúvidas sobre os retornos de IA, mas não é possível ficar fora da revolução
29/12 - Fabio Cozman, diretor do Centro de Inteligência Artificial da USP:
Modelos de IA se tornarão mais eficientes e debate sobre regulação vai esquentar
30/12 - Rodrigo Nogueira, fundador da Maritaca AI:
Precisaremos de uma infraestrutura nacional de inteligência artificial em 2024
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