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Organizações globais de jornalismo lançam documento com princípios para desenvolvimento da IA

Entre os signatários do documento, que pede ética e transparência no uso da inteligência artificial no jornalismo, está a ANJ, da qual o ‘Estadão’ faz parte

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Foto do author Bruna Arimathea
Atualização:

Um grupo de 26 organizações do mercado editorial e de veículos de jornalismo se uniram para cobrar o desenvolvimento ético da inteligência artificial (IA) na área e respeito às propriedades intelectuais dos jornais em todo o mundo. Entre as instituições que fazem parte do movimento, divulgado nesta quarta-feira, 6, está a Associação Nacional de Jornais (ANJ) da qual o Estadão faz parte.

O documento cita diretrizes consideradas essenciais para a prática do jornalismo diante do avanço de tecnologias de IA. Batizado de “Princípios Globais para a Inteligência Artificial”, também aponta que o avanço da IA está mudando a forma como as pessoas interagem e aplicam as ferramentas em conteúdos criativos.

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“Embora as tecnologias de IA proporcionem benefícios substanciais ao público, aos criadores de conteúdo, às empresas e à sociedade em geral, elas também apresentam riscos para a sustentabilidade dos setores criativos, para a confiança do público no conhecimento, no jornalismo e na ciência e para a saúde de nossas democracias”, explica a carta.

Ainda, de acordo com o documento, a intenção não é levantar uma bandeira contra a IA, e sim caminhar com o desenvolvimento da tecnologia para melhorar o trabalho das redações. A carta reconhece que os modelos de linguagem trazem oportunidades para o setor.

A urgência, porém, é na forma como isso é feito. “A apropriação indiscriminada de nossa propriedade intelectual por sistemas de IA é antiética, prejudicial e uma violação de nossos direitos protegidos”, diz o documento.

'Apropriação indiscriminada de propriedade intelectual por sistemas de IA é antiética, prejudicial e uma violação de nossos direitos protegidos', diz o documento Foto: Josep Lago / AFP

Com isso, o grupo prevê o acompanhamento de questões relacionadas à propriedade intelectual, transparência, responsabilidade, qualidade e integridade, justiça, segurança, design e desenvolvimento sustentável. A ideia é, também, que os grupos de mídia possam orientar o desenvolvimento da IA para evitar práticas anticoncorrenciais, que possam prejudicar a diversidade do setor.

“A inteligência artificial tem um enorme potencial em benefício do conhecimento e da humanidade, mas é preciso começar fazendo o certo: respeito às leis e aos direitos de autor. Por isso, entendemos necessária a regulação e o reconhecimento aos produtores de jornalismo profissional”, disse o presidente-executivo da ANJ, o jornalista Marcelo Rech, em nota no site da associação.

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Milhares de veículos da Europa, Ásia e Américas fazem parte do grupo que desenvolveu o documento, por meio de suas associações. Veja as entidades que assinaram o documento:

  • AMI – Colombian News Media Association
  • Asociación de Entidades Periodísticas Argentinas (Adepa)
  • Association of Learned & Professional Society Publishers
  • Associação Nacional de Jornais (ANJ)
  • Czech Publishers’ Association
  • Danish Media Association
  • Digital Content Next
  • European Magazine Media Association
  • European Newspapers Publishers’ Association
  • European Publishers Council
  • FIPP
  • Grupo de Diarios América (GDA)
  • Inter American Press Association
  • Korean Association of Newspapers
  • Magyar Lapkiadók Egyesülete (Hungarian Publishers’ Association)
  • NDP Nieuwsmedia
  • News/Media Alliance
  • News Media Association
  • News Media Canada
  • News Media Europe
  • News Media Finland
  • News Publishers’ Association
  • Nihon Shinbun Kyokai (The Japan Newspaper Publishers & Editors Association)
  • Professional Publishers Association
  • STM
  • World Association of News Publishers (WAN-IFRA)
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