Threads, Bluesky e Discord: Conheça outras redes sociais caso o X (Twitter) seja bloqueado

Com a disputa entre Musk e Alexandre de Moraes, a rede de mensagens curtas parece ameaçado no Brasil - mas há vida além da antiga plataforma do passarinho

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Foto do author Bruna Arimathea
Foto do author Alice Labate

Elon Musk entrou em rota de colisão com autoridades brasileiras no sábado, 6, quando publicou no X que não ia seguir as diretrizes impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para suspender contas e conteúdos com desinformação e discurso de ódio.

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A decisão é parte das investigações das milícias digitais (ações nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio) e do 8 de Janeiro. Musk acusou o ministro brasileiro de estar impondo censura à rede social e sugeriu que Moraes deveria sofrer um impeachment.

“Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?”, questionou Musk no sábado ao comentar uma publicação feita pelo magistrado em janeiro.

Com o imbróglio, o bilionário tem ameaçado descumprir os bloqueios e regras impostas e, até, abandonar a operação no País - ou seja, pode ser o adeus da antiga rede do passarinho aos usuários brasileiros.

Agora, a questão que fica é: para onde ir depois do X?

Pensando nisso, o Estadão trouxe uma lista de redes sociais similares ao saudoso Twitter que podem ser boas alternativas pelos usuários que estão migrando de plataforma.

Threads

Threads é a aposta de Mark Zuckerberg para ter uma rede social de microblog semelhante ao X Foto: rafapress

Rede social mais recente de Mark Zuckerberg, o Threads surgiu em julho do ano passado para ser a rede de microblogs da Meta, que também comanda apps como Instagram, WhatsApp e Facebook. A principal motivação para a plataforma foi uma sequência de mudanças feitas por Elon Musk no X que não agradou os usuários, como o foco em ferramentas apenas para assinantes do Twitter Blue.

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Para interagir no Threads é necessário que o usuário tenha um perfil no Instagram e baixar o aplicativo próprio da plataforma. Para publicar, o usuário deve acessar a opção central da parte inferior da tela e a partir daí pode começar a escrever uma publicação ou anexar uma mídia no ícone do clipe.

Ainda, os usuários podem fazer publicações de até 500 caracteres, publicar fotos e vídeos e compartilhar conteúdos de amigos. O aplicativo também permite que os usuários migrem suas listas de seguidores e nomes de conta existentes do Instagram.

Mastodon

A rede social Mastodon está se tornando cada vez mais popular. Foto: Mastodon/Divulgação

O Mastodon chegou a ser considerado um dos candidatos a “novo Twitter”. Segundo o Google Trends, a popularidade mundial dessa rede social cresceu 157% após a demissão em massa de funcionários do Twitter em novembro de 2020, logo após Musk assumir a empresa.

Criada em 2016, essa é uma rede social descentralizada, gratuita, sem publicidade e de código aberto - podendo ser aprimorada pelos próprios usuários ou desenvolvedores externos.

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Para interagir no Mastodon, você deve ingressar em um servidor (administrado por uma organização, uma pessoa ou até por um grupo de pessoas) e as políticas de moderação dentro desses servidores dependem de cada administrador, apesar de existirem regras gerais que devem ser seguidas pelos servidores. É possível interagir em mais de um servidor e até criar o seu próprio, além de ser possível, também, seguir outros usuários.

No Mastodon, as publicações são chamadas de toots, limitadas a 500 caracteres cada. Assim como no Twitter, é possível publicar fotos, vídeos ou até arquivos de áudio e subir hashtags.

O aplicativo está disponível tanto para dispositivos Apple quanto para Android. Para criar uma conta, basta clicar aqui e seguir as instruções do site quanto a interesses e idioma.

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Bluesky

O app Bluesky ainda não foi lançado, mas já tem lista de espera para os primeiros usuários da plataforma. Foto: Divulgação/Bluesky

Bluesky é uma rede social que está sendo desenvolvida desde 2019 pelo cofundador do Twitter, Jack Dorsey. Lançada com o sistema de convites, onde apenas usuários que já estavam na plataforma podiam convidar amigos, a rede é, agora, aberta para qualquer pessoa criar uma conta.

O aplicativo é bem parecido com o Twitter, tendo a mesma formatação mas em uma versão mais minimalista. As funções são praticamente as mesmas: é possível fazer publicações em texto, com no máximo 256 caracteres, e em imagens, assim como excluir seus posts e curtir, comentar e repostar as publicações de outros usuários.

Há uma página de pesquisa e sugestões de pessoas para seguir, além de um espaço para ver as notificações que receber. Não há um espaço para enviar mensagens privadas para outros usuários. Além disso, diferente do Twitter, no Bluesky não é possível publicar vídeos e nem áudios. A rede social, assim como o Mastodon, também tem código aberto e descentralizada.

Reddit

O Reddit é um aplicativo de bate papo em comunidades, chamadas de 'subreddits'. Foto: Divulgação/Reddit

O Reddit já é uma plataforma de fórum mais antiga e conhecida, lançada em 2005. A diagramação do site não é igual ao Twitter; para interagir, é possível acessar comunidades de bate papo chamados “subreddits” para diversos interesses, como música, anime ou política, por exemplo.

Durante as conversas nas comunidades, é possível iniciar uma discussão, fazer votações e até criar novos tópicos dentro das discussões em aberto. Assim como no Mastodon, cada subreddit tem sua própria política de moderação e regras que devem ser seguidas pelos membros.

Discord

No Discord, é possível interagir em diversos servidores e até criar o seu próprio. Foto: Dado Ruvic/Reuters

Outra rede social conhecida é o Discord. Lançada em 2015, essa é uma plataforma de bate papo por vídeo, áudio e, também, por texto.

Para interagir no Discord, você deve ter um convite para ter acesso a um servidor e, lá, participar das discussões. Você pode fazer parte de vários servidores e até criar o seu próprio.

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É um aplicativo bem amplo e versátil, onde você pode administrar o seu servidor da forma que preferir, adicionando ícones e mudando o nome dos integrantes do servidor.

Além disso, é possível iniciar conversas podendo compartilhar arquivos de vídeo, áudio e imagem, além de poder até fazer transmissões ao vivo para os membros. Pelo seu caráter multimídia, é uma ferramenta conhecida na comunidade gamer.

O Discord está disponível tanto para computadores quanto para dispositivos móveis.

Koo

O aplicativo indiano Koo é uma rede social que promete substituir o Twitter Foto: Koo/Divulgação

Sucesso durante a pandemia, o Koo é uma plataforma indiana que estourou quando ex-funcionários do X, então Twitter, afirmaram que a rede social estava próxima de “quebrar”, após a confirmação da compra da plataforma por Musk.

Apesar de perder a popularidade poucos meses depois, a rede social ainda vive como uma alternativa muito semelhante ao “Twitter raiz”, com publicações, curtidas, compartilhamentos e um feed menos algorítmico.

Para interagir na plataforma, os usuários podem fazer postagens que aparecem na página inicial do app, além de ser possível comentar nas demais publicações do feed. A rede social permite que usuários publiquem fotos e GIFs, repostem vídeos do YouTube, façam enquetes e gravem áudios. Também é possível curtir publicações, comentar e repostar conteúdo de terceiros, recurso batizado de “re-koo”, similar ao retuíte do Twitter.

Além disso, o limite de texto também é maior do que na rede do outro passarinho. Usuários tem até 500 caracteres para a publicação e é possível montar fios (as “threads”) na rede social.

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Volta às origens?

Com todas essas novas opções de rede sociais, nem cogitamos a possibilidade de retornar aos aplicativos que já não estão mais no repertório do público mais jovem. Mesmo assim, não é possível negar o sucesso dessas redes sociais há uns anos. Então, por que não retornar às origens?

O Facebook ainda é uma rede social muito utilizada, mas já está fora das opções de uso do público mais jovem. Foto: Facebook/Divulgação

Criado por Mark Zuckerberg em 2004, o Facebook pode estar em baixa entre os usuários mais jovens, mas continua sendo a maior rede social do mundo. A plataforma tem como princípio a conexão mútua de pessoas: as amizades são adicionadas apenas se os dois usuários aceitarem um convite — uma das únicas com a lógica, atualmente.

O feed do Facebook permite publicar fotos, vídeos e textos, além das reações nas publicações de amigos, chat individual e em grupo, transmissões ao vivo e ferramentas de gerenciamento de negócios. Mas nem sempre foi assim: no início, era apenas possível ver as publicações dos amigos acessando seus perfis pessoais. Mais tarde, Zuckerberg foi o responsável por adicionar o botão de “curtida” na plataforma, padrão que se repetiu em basicamente todas as outras plataformas.

Se você passou longe da rede social mas quer ativar uma conta por lá, é necessário ter uma conta de e-mail e cadastrar senha e número de telefone. O Facebook também oferece como opção padrão a verificação de autenticidade em dois fatores.

A rede social de 2007, o Tumblr, ainda está na ativa e é um app alterativo ao Twitter. Foto: Divulgação/Tumblr

Já o Tumblr, popular nos anos 2020, ficou conhecido como uma mistura de blog e Twitter, onde é possível publicar vídeos, imagens e textos mais longos, mas também compartilhar o conteúdo de outras pessoas. Por lá, usuários também conseguem comentar a publicação alheia, assim como repostar com comentários — igual os retuítes, do X.

A plataforma de interface azulada permite que o usuário siga outros perfis e tenha seguidores, além de oferecer uma caixa de mensagens privadas para conversas.

Além disso, todas as publicações aparecem em um blog à parte do feed, como se fosse um site, que pode ser personalizado individualmente para cada usuário — os famosos “temas” em códigos HTML bombaram na plataforma e foram responsáveis por perfis dedicados e serviços específicos para mudar a cara do próprio site.

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Para fazer uma conta no Tumblr, é preciso ter uma conta de e-mail e logar com um usuário e senha. A manutenção do perfil é gratuita.

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

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