O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou nesta quinta-feira, 6, que nas primeiras sete horas após seu lançamento foram feitos dez milhões de downloads de sua nova rede social Threads, com a qual pretende competir com o Twitter.
”Dez milhões de inscrições em sete horas”, informou Zuckerberg em uma mensagem em sua conta na nova rede social, onde ele se autodenomina “Zuck”, três horas após anunciar que, após as primeiras quatro horas, o número de 5 milhões de downloads havia sido ultrapassado.
A nova rede social, cujos downloads começaram antecipadamente na quarta-feira, 5, mas com alguns problemas técnicos, está destinada a se tornar eventualmente uma plataforma maior do que o Twitter, para o qual precisa permanecer “amigável”, de acordo com Zuckerberg. “Levará algum tempo (...) Deverá ser um aplicativo de conversação pública com mais de um bilhão de usuários”, declarou o proprietário da Meta antes do lançamento.
O lançamento da nova rede social da Meta, que também é proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, ocorreu às 20h de quarta-feira, com dois grandes inconvenientes: falta de acesso dos países da União Europeia, aparentemente devido a dificuldades com as leis de proteção de dados da UE, e em telefones Android.
A plataforma, que estava em desenvolvimento há algum tempo, parece ter tido seu lançamento acelerado pela equipe de Zuckerberg em resposta às restrições anunciadas pelo Twitter sobre o número de leituras diárias de mensagens e conteúdo aberto.
Os usuários do Twitter têm ficado cada vez mais irritados com as guinadas que a rede social vem dando desde que o bilionário Elon Musk comprou a empresa no ano passado, pois impôs diferentes fórmulas para tentar torná-la lucrativa, como cobrar por contas verificadas e, agora, limitar seu uso diário para combater os bots.
Saiba mais
Desde que o lançamento do Threads foi anunciado esta semana, o cofundador do Twitter, Jack Dorsey, e o próprio Musk alertaram separadamente sobre supostos problemas de privacidade com a nova rede social do Instagram, que, segundo eles, coletará todos os tipos de dados confidenciais dos usuários, incluindo identidade, saúde e condicionamento físico, finanças ou contatos.
O aplicativo, que está vinculado ao Instagram por manter o nome de usuário da rede social de fotos e vídeos, tem uma interface muito semelhante à do Twitter, porém mais simples: as mensagens são agrupadas em duas guias, “tópicos” (como os Tweets) e “respostas”, e as mensagens podem receber corações, comentários e encaminhamentos, além de serem compartilhadas.
Segundo a Meta, gigantes do entretenimento e da mídia, como Billboard, HBO, rádio pública dos EUA (NPR) e Netflix, já tinham uma conta no Threads poucos minutos após o lançamento da nova rede social, que está disponível em cem países. Entre as celebridades que aderiram à nova rede social, segundo a Meta, estão Shakira, o chef Gordon Ramsay e o piloto de Fórmula 1, Lando Norris.
No Brasil, nomes famosos como Marcos Mion, Maisa, Celso Portiolli, Juliette e Alok já estavam “tuitando” na nova plataforma e fazendo correntes de publicações na tentativa de tornar o Brasil a primeira trend da história do app ainda na manhã de quarta./EFE
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