Em outubro, a Amazon lançará sua Alexa mais poderosa até o momento. A assistente de voz será baseada no modelo de inteligência artificial Claude, de acordo com cinco fontes consultadas pela Reuters. A ideia seria cobrar de US$ 5 a US$ 10 pela nova versão da Alexa, enquanto a versão clássica permanecerá gratuita.
Vale lembrar que, embora a versão mais poderosa da Alexa possua uma etiqueta, o serviço, até agora, nunca foi pago.
O Claude, chatbot de inteligência artificial da Anthropic, chegou oficialmente ao Brasil no começo do mês de agosto. A partir de então, ele pôde ser acessado em português pelos usuários do país.
De acordo com Mike Krieger, brasileiro que ocupa o cargo de diretor de produtos da Anthropic, o diferencial do chatbot é que ele seria um pouco mais “amigável” do que seus concorrentes.
A opção por escolher um modelo de IA de outra empresa veio quando versões iniciais da Alexa usando softwares desenvolvidos pela Amazon demoravam demais para reconhecer ou responder a comandos. Assim, usar uma inteligência artificial já estabelecida apresentou-se como uma escolha mais favorável.
“A Amazon utiliza diversas tecnologias diferentes na Alexa”, afirmou uma porta-voz da empresa em um comunicado à Reuters. Assim, a ideia seria usar diversos modelos diferentes, inclusive aqueles criados pela própria Amazon.
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Não se trata da única empresa a buscar ajuda em outro lugar quando o assunto é inteligência artificial. A Apple, por exemplo, anunciou na conferência WWDC 2024 que firmou uma parceria com a OpenAI para turbinar a sua IA com o ChatGPT.
A ideia é que, a partir do lançamento da nova Alexa, a assistente de voz seja capaz de manter conversas de forma cada vez mais avançada. Desse modo, a versão paga poderia conseguir agregar notícias e buscar conselhos de compras. Além disso, ela seria capaz de pedir delivery de comida ou redigir e-mails.
Segundo as fontes consultadas pela agência de notícias, os planos da Amazon para a Alexa podem ser atrasados ou alterados a depender do desenvolvimento da tecnologia.
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