O Spotify diz que está demitindo 17% de sua força de trabalho global, a terceira rodada de demissões do serviço de streaming de música este ano, à medida que tenta reduzir custos enquanto foca em se tornar lucrativo.
Em uma mensagem aos funcionários publicada no blog da empresa nesta segunda-feira, 4, o CEO Daniel Ek disse que os empregos estavam sendo cortados como parte de uma “reorientação estratégica”. A postagem não especificou quantos funcionários perderiam seus empregos, mas um porta-voz confirmou que seriam cerca de 1.500 pessoas.
O Spotify usou financiamento barato para expandir o negócio e “investiu significativamente” em funcionários, conteúdo e marketing em 2020 e 2021, disse a publicação no blog.
Mas Ek indicou que a empresa foi pega de surpresa quando os bancos centrais começaram a aumentar as taxas de juro no ano passado, o que pode desacelerar o crescimento econômico. Ambos representam um desafio, disse ele.
“Agora nos encontramos em um ambiente muito diferente. E apesar dos nossos esforços para reduzir custos neste último ano, a nossa estrutura de custos para onde precisamos estar ainda é muito grande”, disse ele.
Ek disse que a “estrutura mais enxuta” da empresa garantirá “a lucratividade contínua do Spotify”.
O Spotify, com sede em Estocolmo (Suécia), registrou um prejuízo líquido de 462 milhões de euros (cerca de US$ 500 milhões) nos nove meses até setembro. A empresa anunciou em janeiro que iria demitir 6% do quadro total de funcionários. Em junho, cortou mais 2% de pessoal, ou cerca de 200 trabalhadores, principalmente na sua divisão de podcast.
Empresas de tecnologia como Amazon, Google, Microsoft, Meta e IBM anunciaram centenas de milhares de cortes de empregos neste ano. / AP
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