A Crowdstrike, empresa de segurança cibernética responsável pelo maior apagão cibernético da história, que ocorreu na última sexta-feira, 19, disse, por meio de relatório, que o problema ocorreu por conta de uma falha no controle de qualidade. Um erro na atualização de software surpreendeu muitos usuários de Windows com a “tela azul da morte” e prejudicou o funcionamento de cerca de 8,5 milhões de máquinas ao redor do mundo.
No relatório divulgado no X, a empresa disse que faz, regularmente, “atualizações de configurações de conteúdo de segurança”, ferramenta que permite com que os clientes possam observar, detectar ou prevenir atividades maliciosas.
Segundo informado pela empresa na revisão preliminar pós-incidente, “uma atualização problemática de configuração de conteúdo de resposta rápida” contava com um erro não detectado, o que travou o sistema Windows na “tela azul da morte” e gerou o maior incidente cibernético da história.
Ainda, a empresa disse que promete melhorar os testes de resposta rápida de diversas maneiras e informou que uma nova verificação “está em andamento” para corrigir o validador de conteúdo defeituoso que não conseguiu detectar o problema.
Por fim, a empresa disse que permitirá que os clientes tenham maior controle sobre a entrega desse conteúdo, para que possam decidir quando e onde as atualizações serão implantadas.
As ações da empresa de segurança cibernética caíram em quase 30% desde a última sexta-feira, reduzindo seu valor de mercado em bilhões de dólares.
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O Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Estados Unidos solicitou a presença de George Kurtz, CEO da CrowdStrike. Os congressistas pediram para que o bilionário explicasse como a empresa irá evitar os riscos de um acidente parecido no futuro.
Em uma publicação feita no LinkedIn, na segunda-feira, 22, Shawn Henry, diretor de segurança da CrowdStrike, pediu desculpas aos usuários e disse que a empresa “falhou com seus clientes”. “A confiança que construímos ao longo dos anos foi perdida em poucas horas, e foi um soco no estômago”, publicou.
*Mariana Cury é estagiária sob a supervisão de Bruno Romani
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