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A empresa chinesa Beijing Kunlun Tech anunciou nesta sexta-feira, 6, a venda do Grindr, popular aplicativo de relacionamento, por cerca de US$ 608,5 milhões.
A transação ocorre após um painel do governo dos Estados Unidos estabelecer junho de 2020 como prazo para venda do aplicativo. O painel, denominado Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla americana), não divulgou suas preocupações sobre a propriedade da Grindr pela Kunlun.
No entanto, os EUA têm monitorado cada vez mais os desenvolvedores de aplicativos sobre a segurança dos dados pessoais que eles manipulam, especialmente se alguns deles envolvem militares ou pessoal de inteligência americanos.
A Kunlun disse que concordou em vender sua participação de 98,59% no Grindr para a San Vicente Acquisition.
O controle da Kunlun sobre o Grindr alimentou preocupações entre defensores da privacidade nos EUA. Os senadores democratas Edward Markey e Richard Blumenthal enviaram uma carta ao Grindr em 2018 exigindo respostas sobre como o aplicativo protegia a privacidade dos usuários.
A Reuters informou no ano passado que a Kunlun havia dado a alguns engenheiros de Pequim acesso a informações pessoais de milhões de norte-americanos, incluindo mensagens privadas e status de HIV.