Com o divórcio devidamente oficializado, Bill Gates concedeu uma entrevista ao canal americano CNN afirmando que a amizade com Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais, foi um erro. Segundo o bilionário, ele se encontrava com Epstein para uma possível participação do empresário na filantropia, mas que o acordo não aconteceu como esperava.
“Eu tive vários jantares com ele, esperando que o assunto sobre a doação de bilhões [de dólares] para saúde global pudesse surgir. Quando o assunto não parecia uma coisa real, o relacionamento acabou. Mas foi um grande erro passar um tempo com ele, dar a ele a credibilidade de estar lá", afirmou Gates, em entrevista ao apresentador Anderson Cooper.
O relacionamento de Gates com Epstein é um dos fatores apontados como grande pilar do pedido de separação por Melinda. Em 2011, os empresários se encontraram diversas vezes, o que foi ressaltado por Melinda como algo que não lhe agradava.
Ainda assim, Bill Gates continuou as visitas ao criminoso, que se estendiam desde 2008, com estadias na casa de Epstein em Manhattan. Outras personalidades, como Bill Clinton e Donald Trump, também eram ligadas ao criminoso na época. Gates também informou à imprensa, na época, que não tinha nenhum tipo de negócio ou empresa junto a Epstein.
O episódio levou Melinda a ligar diversas vezes para seu advogado em 2019 e pedir orientação sobre o divórcio, afirmando que o "casamento já estava quebrado" — mesma expressão que usou no contrato de separação que assinou com Gates.
Sobre o divórcio, quando perguntado se havia algum arrependimento, Gates respondeu que "todo mundo tem um pouco", e afirmou que a família ainda está lidando com a separação. “Dentro da família, vamos nos curar da melhor maneira que pudermos e aprender com o que aconteceu. É um marco muito triste".
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