Bill Gates afirma que pausar inteligência artificial não resolve problemas da tecnologia

Microsoft fez investimento de US$ 13 bilhões na OpenAI, dona do ChatGPT

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Por Redação

Bill Gates, cofundador da Microsoft, afirmou que os esforços para interromper o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) não vão resolver os desafios futuros. Essa foi primeira manifestação pública do fundador da Microsoft desde que uma carta aberta “anti-IA”, assinada por Elon Musk e mais de 1 mil especialistas em IA, gerou um debate sobre o futuro dessa tecnologia.

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Em entrevista à Reuters, Gates explicou que seria mais produtivo focar em como utilizar os avanços da IA da melhor forma possível, porque seria difícil entender como realizar uma pausa global no desenvolvimento da tecnologia. A carta aberta, divulgada em 29 de março, pedia uma pausa urgente no desenvolvimento de sistemas de IA “mais poderosos” do que o novo GPT-4 da OpenAI, por exemplo, que é capaz de manter uma conversa humana e gerar textos originais em vários formatos.

No entanto, o cofundador da Microsoft não acredita que pedir a um grupo específico para fazer uma pausa seja a solução para os desafios da IA. “Claramente há enormes benefícios nessas coisas, o que precisamos fazer é identificar as áreas complicadas”. Vale ressaltar que a Microsoft investiu US$ 13 bilhões na OpenAI para superar seus concorrentes nessa área e já chegou a incluir o ChatGPT no seu buscador Bing.

Atualmente, Gates está dedicado à Fundação Bill e Melinda Gates, mas é um defensor da IA, comparando sua revolução à da internet ou à dos celulares. Em um blog intitulado “A era da IA começou”, publicado um dia antes da divulgação da carta “anti-IA” ele afirmou que a inteligência artificial deveria ser utilizada para reduzir as desigualdades no mundo.

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Na entrevista com a Reuters, Gates também destacou que os detalhes de uma eventual pausa no desenvolvimento de IA seriam complicados de serem aplicados. “Eu realmente não entendo quem eles estão dizendo que poderá parar, e se todos os países do mundo vão concordar em parar [...] Mas há muitas opiniões diferentes nessa área”.

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