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Depois de o prazer feminino ganhar espaço na Consumer Electronics Show (CES) de 2020, a maior feira de tecnologia do mundo, que retornou a Las Vegas neste ano, viu startups da área da saúde focarem em um assunto complexo: a ejaculação precoce em homens.
A ciência afirma que o problema, em que o homem demora cerca de 1 minuto para “chegar lá” com pouca estimulação sexual, não tem causa específica, podendo ter razões psicológicas, físicas ou genéticas. Justamente por isso, médicos sofrem para encontrar diagnósticos e tratamentos corretos - eles podem variar de homem para homem.
É isso que a startup espanhola My Hixel pretende resolver por meio de um masturbador “inteligente” do tipo lanterna, que sai por US$ 300. Além de ser um produto clássico dos brinquedinhos sexuais (em que o pênis penetra e é estimulado por uma série de texturas com intuito de dar prazer), o dispositivo tem um sistema de aquecimento para simular a temperatura corporal, diferentes vibrações e design inspirado na anatomia humana.
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A partir desses sensores, a empresa desenvolve uma plataforma em que reúne dados coletados pelo masturbador a partir da “performance”, como duração e velocidade da penetração. Com isso, essas informações podem ser compartilhadas com médicos, que tornam o diagnóstico mais preciso.
“Esses dados são muito úteis, já que dão objetividade aos profissionais, que, junto com o depoimento dos pacientes, enriquecem a percepção do diagnóstico”, diz ao Estadão a fundadora e CEO da My Hixel, Patricia López, que começou a trabalhar na startup em 2017 quando notou que havia uma gama de produtos e serviços para mulheres, mas não para homens. “Existem muitos tabus sobre isso”, diz ela.
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Também em exposição na CES 2022, as startups Morari e a Virility Medical têm outro método: elas desenvolvem adesivos que, quando colocado no períneo do homem (região entre o ânus e os testículos), emitem ondas elétricas que vão até o cérebro, com o intuito de retardar o orgasmo.
A Morari, por exemplo, promete aumentar em 46% o tempo de performance sexual do homem. A empresa traz um adesivo reutilizável, com bateria recarregável para emitir os impulsos elétricos e possibilidade de conexão Bluetooth, dando a possibilidade de ajustar por aplicativo a intensidade dos estímulos.
“A continuada presença de sextechs (startups de sexo) na CES vão levar a mais produtos que melhoram a saúde sexual de homens e mulheres pelo mundo”, afirma em nota o fundador da Morari, Jeff Bennett. “Esse é um mercado de oportunidade imenso para nós, que estamos de olho no futuro do controle do ‘clímax’.”
Tanto o produto da Morari quanto o da Virility, porém, não estão prontos para o mercado ainda nem têm previsão de lançamento.
*o repórter viajou a convite da Consumer Electronics Association (CTA)