ChatGPT é investigado pelo governo dos EUA por danos causados pela inteligência artificial

Órgão de comércio questiona se consumidores tiveram ‘danos reputacionais’ com práticas ‘injustas ou enganosas’ da OpenAI

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

O ChatGPT, robô de conversação (chatbot) da OpenAI, virou nesta semana alvo de investigações da autoridade de comércio dos Estados Unidos, a Federal Trade Comission (FTC), revelou o jornal Washington Post.

PUBLICIDADE

O órgão americano está de olho se o serviço causou danos a consumidores e se a companhia realizou práticas “injustas ou enganosas” em termos de privacidade e segurança de dados. Segundo o documento, essas práticas podem ter causado “dano reputacional” às pessoas.

A FTC também solicitou à empresa que fornecesse registros relacionados a um incidente de segurança divulgado em março, quando uma falha em seus sistemas permitiu que alguns usuários vissem informações relacionadas a pagamentos, bem como alguns dados do histórico de bate-papo de outros usuários.

Ainda, a autoridade americana também investiga se as práticas de segurança de dados da OpenAI violam as leis de proteção ao consumidor dos Estados Unidos. A OpenAI disse em um post de blog que o número de usuários cujos dados foram revelados a outras pessoas foi “extremamente baixo”.

Nem a OpenAI nem a FTC responderam ao pedido de comentário realizado pelo Washington Post nesta quinta-feira, 13.

Publicidade

Nos últimos anos, a FTC foi a responsável por impor multas a diversas gigantes da tecnologia, como Meta, Amazon e Twitter, com base nas leis de proteção ao consumidor do país americano.

Governos apertam o cerco contra a IA

O governo dos Estados Unidos não é o único a investigar as práticas de companhias de inteligência artificial generativa, cujos serviços foram treinados com base em bilhões de dados da internet.

Em março, a Itália proibiu o ChatGPT no país, após concluir que dados e informações pessoais eram violados sob a legislação europeia — o serviço foi reestabelecido em uma semana, depois que a OpenAI atendeu às demandas do governo.

Em abril, as autoridades de proteção de dados da Espanha e França iniciaram investigações para entender se esses serviços de inteligência artificial violam a privacidade de usuários.

Ao mesmo tempo, a União Europeia discute uma legislação inédita no mundo para regulamentar os diversos modelos de inteligência artificial, incluindo as IAs generativas que abastecem serviços como o ChatGPT. A previsão é que a peça legislativa entre em vigor em 2024, após aprovação do triálogo europeu. / COM WASHINGTON POST

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.