China proíbe funcionários de usar iPhone em ‘vingança’ contra sanções dos EUA, diz jornal

Governo está orientando o uso de produtos nacionais depois das frequentes restrições contra a Huawei e o TikTok

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Por Redação

EFE - O governo da China proibiu todos os funcionários públicos e agências oficiais de utilizarem iPhone durante o horário de trabalho, noticiou na quarta-feira, 6, o jornal americano The Wall Street Journal, que cita fontes próximas ao caso.

Nem a Apple, que fabrica o aparelho, nem o governo chinês confirmaram até o momento essa proibição. A medida aparenta ser uma represália às restrições impostas pelos Estados Unidos aos smartphones da Huawei e à rede social chinesa TikTok. As duas empresas sofrem com acusações relacionadas a segurança e espionagem pelo governo americano.

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Além das razões políticas, essa proibição pode significar um duro golpe para a Apple, que tem 19% do seu lucro mundial na China, sendo o iPhone o celular preferido entre os aparelhos de alta qualidade no país.

Segundo o jornal, as limitações ao uso do smartphone da Apple já eram aplicadas, mas agora passaram a ser uma política de Estado, tudo dentro de um contexto de crescente rivalidade comercial e política entre EUA e China.

Dessa forma, o governo de Pequim está orientando todos os escritórios do governo a optar por produtos nacionais em sua política de compras de computadores, sistemas operacionais e todo tipo de software, entre outros dispositivos, para garantir que o governo tenha uma maior capacidade de controle sobre os usuários.

Em 2021, o governo chinês impôs restrições aos veículos elétricos da Tesla, de Elon Musk, para os membros das forças armadas e de companhias estratégicas por temer que fossem fonte de vazamentos de segurança, mas isso não impediu que os veículos de Musk continuassem sendo bastante vendidos no país.

Nesta semana, outro capítulo da disputa chinesa com os EUA também ajudou a dar o tom da guerra entre os países. A Huawei, fabricante de celulares, lançou um aparelho com chip promissor feito 100% na China, o que pode ser um passo para a produção própria de semicondutores.

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A independência seria o fim de uma cadeia de prejuízos causada por sanções americanas que impedem o desenvolvimento do setor para o Oriente.

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