Xiaomi revela seu primeiro modelo de carro elétrico e diz que quer competir com Tesla

Veículo, que ainda não teve valor revelado, terá alcance de até 800 quilômetros com uma única carga e uma velocidade máxima de 265 km/h

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Por Redação
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A fabricante chinesa de dispositivos eletrônicos Xiaomi revelou nesta quinta-feira, 28, seu primeiro carro elétrico, que começará a ser vendido em 2025. Em um evento em Pequim, na China, o CEO e cofundador da marca, Lei Jun, declarou ambições de tornar a Xiaomi uma importante montadora global em 15 a 20 anos e de competir com a Tesla.

O SU7, que significa Speed Ultra, apareceu em um palco no Centro Nacional de Convenções da China em Pequim sem motoristas visíveis, encerrando uma apresentação de Lei diante de milhares de pessoas. O CEO da Xiaomi passou horas detalhando as características do carro, que incluem um alcance de até 800 quilômetros com uma única carga, cores exclusivas e velocidade máxima de 265 quilômetros por hora.

SU7, que significa Speed Ultra, foi apresentado no Centro Nacional de Convenções da China, em Pequim, nesta quinta-feira, 28. Foto: REUTERS/Florence Lo

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O sedan de cinco lugares será movido por baterias das líderes do mercado chinês Contemporary Amperex Technology e BYD, dependendo se possui configuração de motor único ou duplo.

A incursão da Xiaomi no mercado de veículos elétricos é uma aposta de 10 bilhões de dólares de Lei de que sua empresa pode revolucionar o setor de transporte da mesma forma que fez com os smartphones há uma década. Lei, também investidor em empreendimentos, chamou isso de sua “aposta empreendedora final”.

Xiaomi disse que planeja competir com a Tesla Foto: REUTERS / REUTERS

“O objetivo da Xiaomi é fazer um carro dos sonhos tão bom quanto os da Porsche e Tesla”, disse Lei no evento de lançamento. “O objetivo é nos tornarmos um dos cinco maiores fabricantes do mundo após 15 a 20 anos de duro esforço”, declarou. Entretanto, desde que anunciou seus planos para veículos elétricos em 2021, o cenário regulatório e a concorrência na China — o maior mercado automobilístico do mundo — mudaram significativamente.

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Pequim tem limitado as licenças de fabricação para novos nomes no mercado, o que significa que a Xiaomi precisa se associar à estatal Beijing Automotive Group para produzir seus veículos elétricos. Os subsídios estatais que reembolsavam consumidores com até 60 mil yuanes (cerca de R$ 45,6 mil) para a compra de um veículo elétrico acabaram em 2022. O SU7 também está tentando emergir em um mercado que já possui centenas de modelos, de dezenas de marcas.

Lei já afirmou anteriormente que a Xiaomi pretende que o SU7 rivalize em desempenho com o Porsche Taycan Turbo e em características tecnológicas com o Tesla Model S.

A Xiaomi ainda não revelou o preço do SU7. O CEO da empresa deu a entender que não seria 99 mil yuanes (cerca de R$ 75,2 mil reais), como algumas pessoas haviam especulado nas redes sociais. Carros com as mesmas especificações geralmente custam 400 mil yuanes (R$ 304 mil) ou mais, disse ele.

Sedan de cinco lugares será movido por baterias das líderes do mercado chinês Contemporary Amperex Technology e BYD, dependendo se possui configuração de motor único ou duplo.  Foto: REUTERS/Florence Lo

A Xiaomi, antes conhecida por produzir smartphones baratos, tem lutado para manter o crescimento em um mercado global cada vez mais saturado e estagnado. Antes do trimestre de setembro, a empresa havia registrado uma queda nas vendas a cada trimestre desde 2021. Agora, ela busca desafiar não apenas outros fabricantes de veículos elétricos, mas também novos concorrentes como a Huawei, em uma arena onde demonstrou pouco conhecimento exclusivo.

Lei, que apelidou o SU7 de “fera de desempenho” na rede social X, sinalizou que a Xiaomi não recorrerá à redução de preços para lançar seu veículo. Ele afirmou que o carro é destinado a pessoas que têm afinidade com tecnologia, desempenho e “bom gosto”. Ele também prestou homenagem aos concorrentes nas redes sociais, incluindo BYD, XPeng, Li Auto e Huawei, chamando-os de pioneiros da indústria de veículos de nova energia da China./Bloomberg e AFP.

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