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Chinesa Tencent compra 12% da dona do Snapchat

Investimento foi revelado em documento, depois de e empresa divulgar resultados trimestrais abaixo das expetativas de analistas de Wall Street

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Por Agências
Snap chegou ao mercado de empresas listadas em bolsa com valor de US$ 24 bilhões Foto: REUTERS/Mike Segar

Um documento regulatório enviado pela Snap, empresa responsável pelo aplicativo Snapchat, à Securities and Exchange Comission (SEC) -- equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira -- revelou que a Tencent, uma das maiores empresas de tecnologia e uma das principais desenvolvedoras de jogos de videogame do mundo, comprou uma fatia de 12% de participação na startup norte-americana.

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Não há confirmação, porém, se trata-se de uma operação recente. A imprensa norte-americana já havia reportado que a Tencent teria comprado ações do Snapchat em rodadas privadas, antes da abertura de capital da companhia. Um segundo acordo com a chinesa, em 2014, teria falhado, segundo reportagens da época.

Com as 145,8 milhões de ações classe A adquiridas, a Tencent não tem poder de voto na Snap. A maioria do poder de voto na companhia (95%) ainda está nas mãos dos cofundadores do Snapchat, Evan Spiegel e Bobby Murphy.

Com a revelação, as ações da Snap tiveram alguma recuperação, depois que o valor caiu quase 20% depois que a empresa divulgou ontem os resultados da empresa para o último trimestre, encerrado em 30 de setembro. Às 12h37, as ações da Snap eram negociadas a US$ 13,70, queda de quase 9% em relação ao fechamento do mercado na terça-feira, 7.

Usuários. O Snapchat registrou desempenho fraco em crescimento de usuários no último trimestre. O número de usuários ativos diários chegou a 178 milhões no terceiro trimestre, o que representa crescimento de apenas 2,8% em relação ao segundo trimestre. Os analistas esperavam 181,8 milhões. Para efeito de comparação, o Instagram Stories, que oferece recursos similares ao do Snapchat, já superou mais de 300 milhões de usuários ativos por dia.

Em nota, Spiegel, afirmou que a companhia pretende redesenhar o aplicativo, após ouvir há anos que o Snapchat é difícil de entender e usar. "Vamos tornar mais fácil descobrir a vasta quantidade de conteúdo em nossa plataforma, que acaba não sendo vista todos os dias", afirmou Spiegel, de 27 anos. É a primeira vez que o Snapchat vai passar por uma mudança significativa.

Durante a conferência de resultados, Spiegel disse que a equipe está estudando os feeds de redes sociais como Twitter e Facebook e encontrou espaço para "um serviço de conteúdo personalizado". Além disso, o aplicativo vai ganhar ferramentas no ano que vem para transmitir vídeos para audiências maiores. "Não temos medo de mudanças", disse Spiegel.

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Para analistas, a Snap está muito atrás de outras redes sociais, como Facebook. "Acho que eles gastaram muito tempo tentando ser diferentes", disse Greg Portell, consultor da A.T. Kearney.

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