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Cofundador do Grooveshark de 28 anos é encontrado morto

Josh Greenberg foi encontrado morto em sua casa em Gainesville, na Flórida, dois meses após o fim do serviço

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Por Redação Link
Atualização:

O cofundador do abandonado serviço de streaming de música Grooveshark, Josh Greenberg, foi encontrado morto em sua casa em Gainesville, na Flórida, por sua namorada. Ele tinha 28 anos.

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A namorada de Josh, Abby Mayer, voltou para casa após uma viagem no final de semana. Segundo a mãe de Josh, Lori Greenberg, ele não tinha problemas de saúde. A declaração foi dada à polícia, que não encontrou drogas ou machucados visíveis no corpo.

Ainda segundo Lori, apesar do fechamento abrupto do Grooveshark no fim de abril após duras batalhas com gravadoras que os acusavam de infringir direitos autorais, Josh não aparentava estar triste. Pelo contrário, estava empolgado com novos projetos.

Josh Greenberg fundou o Grooveshark em 2006, aos 19 anos, com Sam Tarantino e Andrés Barreto enquanto estudava na Unidade da Flórida. O serviço se tornou muito popular e chegou a passar de 40 milhões usuários mensais e ter 145 funcionários entre seus escritórios em Gainesville e Nova York.

Processo

A empresa desativou suas operações online após quatro anos de batalhas na justiça com gravadoras e cinco dias antes de se iniciar o julgamento de um processo iniciado por nove gravadoras, incluindo Sony Music Entertainment, UMG Recordings e Warner Bros Records.

Tais empresa consideravam o Grooveshark um “descendente” de softwares de dowload de arquivos como LimeWire e Napster, ambas fechadas por infringir direitos autorais.

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A empresa responsável pelo Grooveshark, a Escape Media Group, poderia ser condenada a pagar US$ 736 milhões em danos a editoras e artistas como Jay-Z e Madonna.

Morte

Embora não exista nenhuma informação sobre as razões da morte de Greenberg, o caso do cofundador do Grooveshark lembra o do programador e ativista Aaron Swartz, que se matou após ser processado em US$ 1 milhão por infringir direitos autorais.

Aaron foi acusado de fraude de computadores, invasão de sistemas e quebra de copyright após ter copiado parte do acervo da biblioteca do Massachusetts Institute of Technology (MIT), o repositório Jstor, calculado em cerca de quatro milhões de documentos (os quais seriam liberados ao público pela própria Jstor). Seis meses depois, um júri o indiciava por uma série de outras acusações.

O Jstor abriu mão do processo, mas o MIT permitiu que a Justiça levasse o caso adiante. Aaron pagou US$ 100 mil de fiança e pode então enfrentar o processo em liberdade, mas sabia que uma eventual condenação poderia levá-lo a cumprir até 50 anos de prisão, além de pagar uma multa de US$ 1 milhão.

Tempos antes do seu julgamento, no dia 12 de janeiro de 2013, Swartz se suicidou em Nova York, aos 26 anos. Desde então, Swartz é um mártir da causa do livre acesso à informação pela internet.

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