A plataforma de comunicação Discord começou a adotar o ChatGPT para transformar o seu robô Clyde em um chatbot similar ao da OpenAI, capaz de responder a perguntas e conversar com os usuários. O bot deve receber uma nova atualização já na próxima semana.
Esse investimento é parte da iniciativa da plataforma de implementar inteligência artificial (IA) em seus recursos, incluindo para criar resumos das conversas gerados por IA e, também, para aumentar as possibilidades dos administradores ao moderar os servidores por onde os usuários se comunicam.
Durante a fase de testes, a versão chatbot do Clyde será gratuita para um número limitado de pessoas e servidores com usuários alfa do Discord. Apesar de a empresa estar otimista com a ideia, o Clyde seria baseado na mesma tecnologia que alimenta o ChatGPT, que, apesar de ser habilidoso, ainda comete alguns erros e não é capaz de fornecer informações posteriores a 2021.
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Sabendo disso, o Discord, em seu site, recomenda aos usuários: “Não conte segredos para Clyde nem confie nele para obter conselhos, suporte no Discord ou problemas de segurança. Clyde é experimental e não é perfeito, então você pode encontrar informações que podem ser consideradas tendenciosas, enganosas, prejudiciais ou imprecisas, mesmo com as proteções em vigor”.
Atualmente, o bot Clyde só pode realizar alguns comandos, desde que enviados como um verbo de ação em inglês após uma barra (por exemplo: /mute). Porém, essa nova e mais atualizada versão do robô permitiria que ele tirasse dúvidas dos usuários durante partidas de jogos, além de poder ser introduzido em servidores para interagir com várias pessoas ao mesmo tempo.
O ChatGPT usa a IA GPT-3, também desenvolvida pela OpenAI e especializada em criar textos. O chatbot foi implantado no buscador Bing, da Microsoft, e inspirou várias outras empresas de tecnologia a criarem seus próprios sistemas de inteligência artificial ou a demonstrarem interesse em criar, como o Google, que criou o Bard, a Tencent, Baidu e até a Meta, dona do Instagram e do Facebook.
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