Dona do Google cresce, mas tem receita abaixo do esperado para o terceiro tri

Alphabet, holding do Google, registrou receita de US$ 33,74 bilhões no último trimestre, quase US$ 6 bilhões a mais que o registrado nos três meses anteriores

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Por Agências
Receitas da Alphabet, dona do Google, cresceram baseadas principalmente em publicidade Foto: Aly Song/Reuters

A Alphabet, dona do Google, divulgou nesta quinta-feira, 25, que faturou US$ 33,74 bilhões no terceiro trimestre deste ano, quase US$ 6 bilhões a mais que o registrado no ano passado. A maior parte desse montante é proveniente de receitas de publicidade, que cresceu 20% em relação a 2017. Apesar dos bons resultados, as ações da empresa operavam em queda no pós-mercado porque os ganhos apresentados foram menores que o estimado por especialistas.

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Segundo o relatório trimestral, que foi finalizado no dia 30 de setembro, as receitas da Alphabet passaram de US$ 27,7 bilhões para US$ 33,74 bilhões no último trimestre. O crescimento, no entanto, ficou abaixo do esperado pelo mercado, que apontava uma receita de US$ 34,05 bilhões para o período.

A frustração  fez com que as ações da empresa operassem em queda no pós-mercado. Às 18h15 (horário de Brasília), as ações eram negociadas a US$ 1,043, uma desvalorização de 4,80%.

Já o lucro surpreendeu os especialistas. A dona do Google fechou o trimestre ganhando US$ 9,19 bilhões ante os US$ 6,73 bilhões dos três meses anteriores. O valor é equivale a US$ 13,06 por ação, acima dos US$ 10,45 estimados pelo mercado.

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A principal fonte de receita da empresa continua sendo publicidade. Neste período, a Alphabet faturou US$ 29 bilhões com propagandas, 20,3% a mais que nos três mesmos meses do ano passado e acima do estimado por especialistas, que era US$ 28,762 bilhões.

Os resultados do terceiro trimestre alentaram a preocupação dos investidores sobre as perspectivas de curto prazo da empresa. Nos últimos meses, os investimentos em novos negócios, o aumento do escrutínio regulatório e a concorrência emergente assustaram os investidores.

Outras apostas. Embora a receita publicitária tenha tornado o Google a gigante que é hoje, a empresa tem procurado fornecer serviços de computação em nuvem e venda de equipamentos como o smartphone Pixel e o Google Home.

Preparar seus novos empreendimentos tem sido caro. Os custos também foram afetados pelo aumento do uso do Google em smartphones, onde a empresa divide a receita publicitária com os fabricantes de tecnologia, como a Apple, e os alto-falantes inteligentes, onde os anúncios não aparecem. Isso tem feito a margem operacional cair para 25%, ante 28% há um ano.

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A receita gerada por essas empresas, chamadas no relatório de Alphabet de “outras apostas” somaram US$ 4,79 bilhões no terceiro trimestre, 43% acima do mesmo período no ano anterior. O valor, no entanto, é abaixo dos US$ 4,94 bilhões estimados.

O crescimento estável da receita ajudou a Alphabet a superar as dificuldades enfrentadas por grandes empresas de techologia nos últimos meses no mercado de ações. O analista de ações da JPMorgan Technology, Douglas Anmuth, disse aos clientes nesta semana que a Alphabet parece mais forte do que outras empresas de tecnologia notáveis ​​"dado seu crescimento estável e consistente, forte rentabilidade e (fluxo de caixa livre)".

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