Dona do iFood faz seu primeiro aporte em startup fora do Brasil

Fundada na Colômbia, Mercadoni intermedia a venda de produtos de supermercados, farmácias e pet shops de terceiros por meio de seus site

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Por Carolina Ingizza
Eduardo Henrique, diretor de novos produtos e cofundador da Movile Foto: Movile

A empresa de tecnologia brasileira Movile, dona do aplicativo de delivery de comida iFood e do serviço de conteúdo para crianças PlayKids, anunciou ontem que fez seu primeiro aporte em uma startup estrangeira, a Mercadoni. A empresa colombiana intermedia a venda de produtos de supermercados, farmácias e pet shops de terceiros por meio de seu site. O valor do aporte não foi revelado, mas é parte de uma rodada de US$ 9 milhões que a colombiana acaba de levantar.

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Além do aporte financeiro, a Movile vai ajudar a Mercadoni, que atua hoje na Colômbia, Argentina e México, a expandir sua operação, que tem cerca de cem estabelecimentos cadastrados em sua plataforma.

“Queremos aplicar os mesmos conhecimentos que a Movile já aplicou para o delivery de comida no Brasil para ligar supermercados, farmácias e pet shops com entregadores e usuários”, diz Eduardo Henrique, cofundador e diretor de novos negócios da Movile. “Apesar de ser uma nova vertical, a operação é parecida.”

O investimento na Mercadoni, segundo Henrique, estava previsto no aporte mais recente recebido pela Movile. Na semana passada, os fundos Naspers Ventures e Innova Capital – de Jorge Paulo Lemann – investiram US$ 82 milhões na companhia, no segundo aporte feito em seis meses.

“O aporte na Mercadoni não é um movimento grande, mas é condizente com o objetivo da Movile de se tornar uma grande empresa mundial de internet móvel”, afirma Newton Campos, pesquisador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP).

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Potencial. O futuro do mercado de delivery de produtos de supermercados, que ainda engatinha no Brasil, é um dos fatores que estimularam a Movile a investir na Mercadoni. “Nos Estados Unidos, a Amazon está super forte no mercado de entregas e existem outras empresas atuando na China e na Índia, que também crescem. A gente aposta na América Latina”, diz Henrique.

No Brasil, onde ainda não há um marketplace desse tipo, as categorias de saúde, cosméticos e perfumaria, além de alimentos e bebidas, somaram 16,8% das vendas do e-commerce brasileiro no 1º semestre de 2017, de acordo com o relatório WebShoppers, elaborado pela consultoria especializada eBit.

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